24 de maio de 2006

Prólogo: Simbolos na Pedra - Parte 1

[ Sobre mim: To bem, nada de novo, a vida é bela alguns dias, e em outros parece uma droga... em suma: normal.

Sabe como nasceu a saga do "Senhor dos Anéis"? O JRR Tolkien tava corrigindo umas provas, e pegou uma em branco, ele olhou pra ela, ela olhou pra ele, e ele escreveu: "Num buraco na terra vivia um Hobbit"... interessante não? Claro, seria pretensão demais querer me comparar ao Tolkien, mas quem sabe eu escrevo algo bom?]

Ana abriu os olhos e bocejou, por um segundo nada passou por sua mente, ela olhou o teto e as paredes, virou o corpo de lado sobre a cama e posou os olhos sob o rádio relógio, que marcava 8h27. Que dia é hoje? - ela pensou - Ah, sábado, não tenho aula! - resmungou sonolenta.
Ela se sentou na cama e afastou o cobertor, o dia estava frio, havia chovido na tarde do sia anterior. Ela não se importou muito, o apartamento não estava tão frio, e ela não queria perder a manhã de sábado dormindo, mesmo que ainda se sentisse um pouco cansada do dia anterior.
Ela caminhou até o banheiro e se olhou no espelho rapidamente, tirou a escova de dentes e a pasta, e teria começado a escovar os dentes como fazia todos os dias de manhã. Mas voltou a sentir algo estranho, como no dia anterior.
- Droga, o que ta acontecendo? - perguntou para seu reflexo no espelho.
Desde a tarde anterior, em meio a chuva, ela sentia-se estranha, ela estava sem dúvida mais criativa, em seus pensamentos e devaneios fazia assossiações originais, pensava em novas formas de resolver os mesmos problemas... Mas ao mesmo tempo sentia-se incomodada, como se soubesse onde encontrar as respostas, mas sem saber quais eram as perguntas. De repente surgiam dúvidas que colocavam todo o seu mundo "em xeque", e logo sumiam.
Tentando fugir disso, ela quis lembrar o sonho da noite anterior. Pensou por um momento enquanto colocava pasta na escova de dentes. Lembrou-se de um cenário surreal que lembrava seu quarto. O Lugar era agradavel, mas a porta parecia com a de um cofre, a janela era maior, o chão estava coberto por alguns papéis, as paredes estavam pintadas de uma maneira diferente, como se o jogo de luz e sombra do sol e da luminaria tivessem sido impressas nas paredes. Os porta-retratos eram todos de uma coisa q lembrava tanto aço quanto vidro, mas não tinham fotos. O armário era de uma cor mais clara e a luminaria parecia estar fundida à parede.
Ana não se importou muito com a riquesa de detalhes que seu sonho apresentará, afinal, foi apenas um sonho, e sonhos sempre parecem reais até o momento em que se desperta. Ela terminou de escovar os dentes e saiu do banheiro. Andou pelo corredor até a sala e se sentou no centro do tapete, cruzou as pernas e começou uma longa meditação, tentando se desvenciliar das imagens que se acumulavam na mente, e silenciar seu espírito.

No dia anterior, ela havia feito o mesmo de sempre, acordou, tomou banho e foi trabalhar. Ela era técnica num laboratório. Ela saiu do prédio em que morava com uma amiga, no Tatuapé, e foi para o metrô. Aquela manhã estava fria e o céu completamente cinza, eram 9h da manhã.
Ela estava de bom humor, às provas da faculdade tinham acabado e ela tinha ido bem em todas.
Notou que estranhamente as ruas estavam mais vazias, e auentou o ritmo da caminhada só por segurança. Quando chegou no metrô, o movimento lá estava normal. Chegou no trabalho por volta das 10h, esperou alguns minutos, se vestiu e começou seu turno. No intervalo, ela andou pelo perímetro da fabrica, e se sentou num banco perto da portaria.
Lá, parou e respirou um pouco preocupada com a prova que teria mais adiante no seu dia. Então começou fugir do nervosismo, já havia estudado não faria sentido ficar nervosa agora. Foi então, como que se alguém tivesse sussurrado ao seu lado, que a sensação estranha começou, mas não era nada com seu corpo. Somente uma sensação que escapava aos sentidos mas não à consciência.
Mais tarde na faculdade, durante a prova, as questões mais faceis foram logo resolvidas, sem dificuldades. Das mais dificeis, não sabia como resolver uma, e a encarou por mais de 20 minutos continuamente, até que umas das suas assossiações inesperadas resolveu mentalmente a questão. Isso nunca tinha acontecido.
Depois da prova, ela foi à um dos banheiros femininos, e lá viu uma pequena placa de pedra sobre a pia. Nela haviam sido entalhados simbolos. Ela concluiu ser uma forma de linguagem, muitos simbolos se repetiam de forma não consecutiva. Por alguma razão ela se assustou com aquilo tudo e largou a placa de pedra. Foi então que ouviu a porta do banheiro se abrir e entrou numa das divisória de vazo sanitario. Foi então que...

(Fim da Parte 1)

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