26 de maio de 2007

Episodio 14

Comentário breves:

[Link para PCC2.0 ]

Lembram-se da minha opinião sobre a origem do crime organizado no Brasil?
Resumindo: Nasceu qnd os sábios a frente da ditadura misturaram presos politicos com presos comuns.

Pois bem, ontem tive um momento de visão.
Certa vez li que o objetivo de aprender história é não cometer o mesmo erro de Napoleão ao invadir a Rússia, e ser pego pelo inverno.
Se não me engano Hitler cometeu o mesmo erro. Burrice sem tamanho.

Hj, a sociedade brasileira tem a oportunidade de errar. Como sempre.
Mas com 1 diferença: Já erramos antes, no mesmo ponto.

[Errar é humano. Permanecer no erro é falta de inteligência.]

Baixar a maior-idade penal é misturar criminosos de tipos distintos.
Consolidar as idéias de que a "punição" que o estado impõe aos menores criminosos é destruir de vez qualquer chance de reabilitação (como na antiga febem, que era considerada uma "escola do crime" pela população, onde os internos entravam por algum crime menor e saia pronto para o tráfico de drogas ou outra atividade pior).

Misturar presos é algo muito perigoso, não só para a sociedade, mas para os próprios detentos.
-/-

Qnt à Cronica n22, espero que estejam gostando.
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Link: 1º Episódio
Link: Último Episódio
[Para mais, veja lista ao lado]

Episódio 14
Título: Janelas de Mariane
Série: Episódios da Cronica nº22

Ela não dormia bem há dias. Sua face já mostrava olheiras e mais mal-humor que o normal.
Ela não gostava de homens, e um deles insistia em invadir seus sonhos sem consentimento.
Ela já seria capaz de reconhece-lo na rua se o visse. Estava frustrada.
Os poucos amigos da faculdade já percebiam a mudança, não comentaram.
Os pacientes no hospital também. Um senhor já idoso, muito amigo de Luana tentou comentar, mas talvez sua sabedoria, ou talvez a expressão de intenso ódio q passou por um segundo no rosto dela tenha feito ele desistir de comentar momentaneamente.

Ela era uma mulher de olhos cinza, pele branca e cabelo ondulado e castanho-escuro.
Costumava vestir roupas escuras em qualquer clima, e era um tanto anti-social, fato que não incomodava muita gente, levando em conta que as pessoas tinham medo dela por um ar sombrio ou algum preconceito, era assim desde a 4ª ou 5ª série... nem mesmo ela se lembrava.
Ela tinha cerca de 1,69m. Estava sentada, encostada numa árvore, tentando ler um texto que o professor mexicano deixou para a sala analisar.
Não prestava a minima atenção às letras. Pensava sim no motivo de sua insonia.
Ela nunca dormiu muito bem desde os 14 anos. Nos últimos dias, porém, sempre que fechava os olhos, o via.
Ao ve-lo, sentia algo que a fazia acordar. Nem sabia quem era ele, já o odiava.

+/+

Ele, por outro lado dormia muito bem, mas não sonhava com coisa alguma. Cada dia de treinamento era o mais dificil da vida dele. De todos, ele estava se esforçando mais.
Os pilotos estavam indo melhor do que o esperado. Estela se destacava como melhor dentre eles, sem grandes esforços. Seu desempenho era seguido de perto pelo de Arjen, que queria descobrir o que pudesse sobre a Deep Mi.

+/+

Depois de mais 6 noites acordada, Mariane descobriu uma aberração na pesquisa.
Havia 2 periodos determinados em que viajar no tempo seria possivel. Precisamente entre 10 de setembro de 2001 e 6 de janeiro de 2043.
Outra "janela" de possibilidade se abria exatamente no dia de Natal do ano anterior. Uma sentimento interrogativo nasceu na mente de Mariane ao fazer essa constatação.

-/-
Continua(?)

19 de maio de 2007

Episodio 13

[Se der problema...]
[use o Internet Explorer, infelizmente]
[OU use um addon do Firefox :)]

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Para mais, veja a lista no menu Episódios da Crônica nº22, à esqueda)
(Ver Episódio 12
)
Episódio 13
Série: Episódios da Crônica nº 22
Título: O Sonho
Nunca se viram. Não moraram próximos.
Não tinham os mesmos gostos. Seria impossível para eles sequer estarem nos mesmos locais ao mesmo tempo.
Eles não viveram próximos.
Mas uma noite, na vida de cada um, com 99 anos e alguns meses de diferença, eles sonharam o mesmo sonho.
Ela o viu no sonho. Ele a viu no sonho.
Nenhum dos dois se lembrou do conteúdo do sonho completamente ao acordarem, mas ambos acordaram com uma sensação estranha.

Ela, em sua cama, abriu os olhos serenamente.
Viu o armário e as paredes brancas, um poster e a mesa do computador; tudo fracamente iluminado pela luz dos postes que entravam pela fresta da janela de aluminio.

Ele, respirou fundo e abriu os olhos, estava também numa cama, muito diferente da cama dela.
Havia um holograma sobre uma mesa, era um peixe azul-translucido nadando no ar. Era a única fonte de luz no quarto.
Ele o viu o peixe que ele mesmo havia projetado quando criança. Lembrou-se do sonho e dela.
-/-

A pior parte -a limpeza- havia passado, e nenhum dos pilotos iria querer passar por aquilo de novo.
Apartir da manhã seguinte eles iriam ter treinamento militar com a D.E.E.P. Mi. Eles acordariam as 6h15.
Arjen, no entanto não dormiu mais aquela noite e vagou pelas instalações em que estava alojado junto com militares, cientistas e civis.

Ele pegou o cartão verde e colocou num bolso.
Se sentia já no passado. Roupas de tecido, sem acesso à rede, funções biológicas desajustadas, sono desajustado, sonhos naturais sem sentido...

O céu! Arjen calou os pensamentos ao ver o céu limpo, negro e pincelado de estrelas. Caminhou até a escada e senrou-se ao lado de Mariane.
(Arjen) - Dificuldades com seu sono também? - perguntou ele.

(Mari) - Não, eu desprogramei meu sono, faz 8 dias, e você?

(Arjen) - Tive um sonho estranho, perdi o sono. Sabe que faz mal ficar sem dormir né?

(Mari) - Sei, mas são só 8 dias, num é nada para se preocupar.

(Arjen) - Como está o seu projeto?

(Mari) - Parado. Não entendo por quê, falta algo nisso tudo.

(Arjen) - Que bom! - disse ele com um sorriso alegre no rosto.

(Mari) - Tá de brincadeira? O que quer dizer?

(Arjen) - Você encontrou um coisa completamente nova, algo só imaginaram isso até hoje.

(Mari) - E...?

(Arjen) - Sempre foi assim, não foi? Foi assim com Einstein, com as descobertas de química e biologia. Não?

(Mari) - Verdade, mas eu preciso terminar isso o quanto antes.

(Arjen) - Por que?

(Mari) - A presença delas no passado pode alterar a história... suspeito que filosofar sobre isso não vai adiantar muito... e fazer testes com o "paradoxo do avô" poderia ser desastroso.

(Arjen) - Então, "a resposta está nos números"?

(Mari) - Uma parte dela, acho que já vi quase tudo disso, mas faltam informações, é como procurar buracos negros.

(Arjen) - Se você sabe os números, estude as letras.

(Mari) - Anh? Estamos falando da mesma coisa?

(Arjen) - Claro que sim.

(Mari) - Não to entendendo nada.

(Arjen) - É como dizem, você sempre encontra o que procura no último lugar em que procura.

(Mari) - Isso por que quando encontra você para de procurar.

(Arjen) - Verdade, não tinha pensado nisso.

Mariane riu.

(Arjen) - De qualquer forma, procure no último lugar em que procuraria. Eu vou correr um pouco, daqui a pouco eles vão nos acordar.

(Mari) - Tá bom, eu vou voltar para o escritório.

(Arjen) - Melhor dormir um pouco.

Arjen se levantou e desceu até a areia, e correu.
Ela olhou para o céu que começava a clarear, se levantou e foi para o escritório.
-/-

(99 anos antes)

Luana não dormiu mais aquela noite, se levantou, leu um pouco. Tomou um banho, trocou-se e foi para a faculdade.
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13 de maio de 2007

Episodio 12

[O BLOGGER TA COM PROBLEMA, VISUALISE COM INTERNET EXPLORER DESSA VEZ =/]
[eu odeio a microsoft, mas dessa vez é o jeito]

"Por que vc não escreveu o episódio 12 ainda?!"
Tava com preguiça hehehe...
Mals, se alguém realmente LÊ e tá gostando, aqui está, divirtam-se =P


-/-


"Como vc esta?"
Bem, de férias, curtas.


-/-


Balanço da UFABC:
1º Trimestre - 5 Matérias
2 TRANCADAS, 1 REPROVAÇÃO, 1 "C" e 1 "B".
FOI FODA! hehehehe, me disseram que a vida não é fácil, eu acredito!!!
Agora acredito.


+/+
Desejo um Feliz Aniversário para a Lu. 18 anos é legal, e você já tem responsabilidade pra isso desde os 16 =P
Maior-idade, Divirta-se!
+/+


Para o deleite dos leitores, dessa vez usei o Writter do BrOffice para limpar os erros de sintaxe do texto(abaixo).
Se tiver erros de semantica, perdão, tava com sono quando escrevi.
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(Procurando o Episódio Anterior? Clique AQUI)


Episódio 12
Série: Episódios da Crônica nº 22
Título: A Limpeza


Talvez todos eles compartilhassem em certa medida as dificuldades do projeto.
Viajar no Tempo não seria fácil.


-/-/-/-/-
Era consenso, foram os dias mais desconfortáveis da vida dos pilotos.
O corpo deles, inclusive o de Maya IV -que chegará 2 dias depois de Arjen e Zero- estava enfraquecido pelo processo de "limpeza" começava a cheirar e feder com mais intensidade que o de costume.
no 1º dia eles vomitaram, e contanto dom os intervalos, foram mais de 30 minutos de desespero... um tanto traumático, principalmente para Zero, que nunca havia vomitado na vida.


O objetivo da "limpeza" era impedir que máquinas muito avançadas acabassem no passado, oque, se acontecesse, causaria grandes mudanças na história.
As máquina, no caso, eram nano-robôs integrados ao corpo dos pilotos, algo comum para a maioria das pessoas no século 22.
A integração mantinha o metabolismo corporal sob controle da pessoa, dentre outras funções.
Ninguém com menos de 30 anos de idade sabia o que era ou para que servia uma escova de dentes, ou o que era uma virose.
Além do que, os nano-robôs integrados ao corpo era responsável por construir a CI nos cérebros quando fosse dada a ordem, e eles eram responsáveis pela transmissão de informação do corpo da pessoa para qualquer sistema externo, ou seja, eram o meio de comunicação das pessoas com as máquinas e computadores e Rede, além de vigiarem o estado de saúde constantemente e acelerar processos de cura.
O corpo humano, integrado à "máquina" como um simbionte tornava-se, em certa medida, dependente. E o processo de limpeza, muito raro, quase sempre era desconfortável Normalmente era classificado como "a pior época de uma vida" pela maioria das pessoas que passavam pela experiencia, e eram poucas.


O volume total ocupado por eles era relativamente pequeno, se todos fossem reunidos, não encheriam uma xícara.
Mas, por serem bastante pequenos, esse volume eqüivalia a um número muito grande.
Por causa da dependência que o corpo apresentava aos nano-robôs, quando recebiam a "ordem de desplugar" o faziam em etapas, que duravam no total 7 dias, nos quais iam abandonando o corpo gradualmente, para acostuma-lo à nova situação.
No primeiro dia, mais precisamente na primeira meia-hora, cerca de 20% deles se juntavam no sistema digestivo e eram expelidos pelo vomito.
Os outros 40% saíam constantemente pela pele no suor, oque fazia os pilotos suarem sem parar, mesmo quando estavam com frio. Os 39% finais eram expelidos pela urina.
Mesmo depois de tudo isso, cerca de 1% dos nano-robôs eram mantidos no corpo, eles compunham os "fixos", que constituíam os CI no cérebro, nunca saiam e nem poderiam.
Para se livrar deles a pessoa deveria desativar permanentemente o CI e tomar remédios que ajudariam o corpo a absorver os nano-robôs, o que, ainda por cima poderia causar câncer.
Os pilotos, no entanto não teriam que desativar os fixos, pois eles não apresentavam perigo -se degradavam com a morte da pessoa, nunca se multiplicavam- e constituíam necessidade, já que no passado eles poderiam precisar se conectar a máquinas e mesmo no presente precisariam do CI intacto para o treinamento posterior.


Vomito, vontade constante de ir ao banheiro, perigo de desidratação, calafrios, tonturas, cansaço, mal-cheiro, mal hálito, fraqueza, dor no corpo, flutuações de humor, algumas alucinações leves, distúrbios no sono, dores de cabeça, desanimo.
Essas foram algumas das melhores partes daqueles 5 dias, e ainda faltavam 2 para o tormento terminar e, apesar de não ser grande melhora, depois do 3º dia esses sintomas começaram a ter sua intensidade diminuída, a partir do 5º sua freqüência também.
Quando isso aconteceu, todos voltaram em parte a quase-tentativa-de-normalidade, sem sucesso absoluto.
Foi quando recuperaram sanidade suficiente para aprender a escovar os dentes e tomar banho sozinhos. Com a sanidade, puderam também julgar a própria situação, e seu moral começou a baixar... melhor dizendo, entrou em queda-livre.


No sexto dia os pilotos já se sentiam quase* normais -* ou seja, doentes, mas melhores que antes- e começaram a conversar com o apoio psicológico da base.


No sétimo, a recuperação pura começou realmente.
Apenas 10 dias depois do começo da "limpeza" eles se sentiam relativamente bem de novo, e começaram o trinamento físico.
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Nesses dias, Mariane também não estava com um humor muito bom. Todas as simulações da viagem falhavam sucessivamente, e ela precisava descobrir o por quê e concertar o quanto antes.
Foi o 1º entrave da missão, já que ela havia conseguido a poucos dias transportar um relógio para o futuro.
Isso não a desanimo, para ela, cada desafio era mais um motivo pra lutar.


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Luciana, por fim, não teve dias muito melhores que seus amigos.
A cadeira de Conselheira-Mor lhe ocupava quase todo tempo e ela dormiu pouco naquela semana, e os "dias de folga" que dedicou ao projeto lhe custaram várias horas de sono perdidas.
Ela, ainda sim, não se abatia. O caso das pilotos desaparecidas ainda não havia sido esquecido pela mídia, mas já enfraquecia.Elas foram dadas como mortas depois de duas semanas.
Por 8 anos isso não acontecia.
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Continua(?)