22 de setembro de 2007

Mais de Tempo e Nostalgia

[Não espere por começo, meio e fim]

Dentro em pouco faço 20 anos de idade.
Ou melhor, de nascimento, já que idade me parece um conceito incerto, pouco confiavel.
Talvez seja hora de parar e pensar sobre mim e sobre o mundo.
Sobre mim, como me dedico diariamente. Sou um egocentrico. Mas é só a pessoa que mais amo, acho justo. rs.
20 anos são 7300 dias. Se assustou? Parece pouco?
Que tal essa: Camisinha usada corretamente baixa para 2% a chance de se engravidar.
Usada da maneira comum* baixa para 15%, 7.5 vezes maior que c/ uso correto.
Comum: como a maioria usa.
7300 dias são quase 1043 semanas.
Um ano tem 52 semanas. Parecia mais, certo?
O tempo de vida médio de um homem no Brasil é 71,3 anos. 26024 dias, e 12 horas de vida.
O que se pode fazer nesse tempo?
Se vc pensar em 70 anos, parece muito tempo. Uma longa vida.
Se você pensar em 26000 dias não parece taaanto assim, não é? Para mim não parece um tempo tão longo.
71,3 anos são 3717 semanas, e alguns dias.
O tempo te parece curto?
Reflita bem. Seu primeiro dia de vida deve ter sido beeeem longo.
Lembra-se da infância? O tempo parecia infinito?
Eu me sentia assim. Como se a infância nunca fosse acabar. E desejava que passasse logo.
Para eu poder fazer o que quisesse.
Talvez seja coisa de velho(prematuro ou não) relembrar a infância com uma sensação violenta de nostalgia.
"Quando eu era jovem, as crianças respeitavam os mais velhos, os preços eram mais baixos e os políticos eram mais honestos" (oops, exagerei)
Pensando assim, reflito. Minha infância não foi ruim. Foi ótima!
Mas não é isenta de maus momentos. Quer dizer, eu tinha minhas diferenças e desafetos. Meus bons e maus momentos. Meus defeitos e qualidades. (algumas ja vencidas, outras ainda não-nascidas)
O que eu pensava que estaria fazendo hoje, quando tinha 10 anos? (eu pensava nisso)
Acho que estar estudando... É, nisso acertei.
Trabalhando? Acho que sim, ou pelo menos ter dinheiro merecido. (até dia 22 de Setembro de 2007 eu não recebi rs)
Que mais? Muitas fantasias de infante sobre ser importante ou algo assim.
Desde que me conheço por gente sei que profissão desejo seguir(ou quase). Cientista!
Quer dizer, eu me destacava na escola. Numa escolinha de reforço a dona pediu para meus pais me tirarem de lá, eu confundia as outras crianças.(coitadas... rs)
Acho que ser "inteligente" contribuiu, e talvez ver "O mundo de Beakman" também.
De repente a infância acabou. Num estalo.
Quer dizer, as coisas mudaram e eu nem percebi.
A pré-adolescência e o começo da adolescência também foram demais. Como os últimos resquicios da infância.
Veio a Federal, e ela passou. E eu cresci muito como pessoa.
Agora, olho para trás, e apesar de ter vivido tanto, não foi quase nada.
A noção de tempo é relativa. O futuro chega e passa, e se você não prestar atenção, nem percebe até ter sido ultrapassado.
Ultrapassado... nem tanto.
Tenho ainda 2674 semanas, 6 dias e algumas horas. O que fazer para não ser mais um?
Ficar na história?(muita pretensão?)
Será que vale a pena?
Não sei o que há depois da vida (se há...). Visto que temos tão pouco tempo, talvez só ser feliz já estaja valendo.
(como decidir? Cara-ou-Coroa?)
A vida não vem com manual de instruções, e cada um diz uma coisa sobre ela, não sinto que valha a pena esperar para descobrir se alguém está certo.
Que tal ficar na história e ser feliz? (pretensão²)
Como? (alucinação)
Supondo que você tivesse percepção do tempo apartir do momento em que nasceu, não tendo com o que comparar, você deve ter começado a registrar o tempo como algo indefinido.
Comparando a primeira meia hora com a primeira hora inteira, e vendo que a segunda metade da primeira hora (metade do tempo vivido) comparado com a metade da primeira metade(que antes era tudo) era só metade.
Não entendeu?
Talvez eu não tenha escrevido de forma inteligivel, nem poderia, estou acabado essa noite.
Mas é só anoite que tenho paciência para escrever.
Quis dizer antes que a medida que o tempo passa, ele parece menor. O tempo que se passou dos 10 aos 20 pareceu só metade do que foram os 10 primeiros.
Um ano tem 31 milhões e 536 mil segundos. Vo sente cada um deles?

"Tempo, tempo, tempo, mano velho"

4 de Janeiro de 1988 - 00h30min
Quase 20 anos atrás...

Saudades.

26 de agosto de 2007

Férias 2.0

Há algum cansaço nesses olhos.
Me admiro, afinal, são jovens. Ou deveriam ser.
Ainda há muito que fazer acho. Mas não me inspiro.
Sinto uma certa nostalgia, e muita saudade.
A quanto tempo nos os vejo? Meses acho.
O sono vai me fazendo perder a claridade de pensamento.
Sinto falta deles. Daqueles tempos.
Sinto falta dela, e são apenas 2 dias.
O tempo se contorce, viajo pela minha história.
Mas só em pensamento.
Tantos motivos que eu deveria conhecer.
Acho que as pessoas só podem re-ver o passado em lembranças.
Por que se fosse doutra forma, não viveriam presente algum.
Se entorpeceriam com alguma nostalgia, talvez falsa.
Todos ou só eu?
Não é só isso que sinto.
Mas as palavras limitam.
Não me permitem explorar.
Ir além do limite que elas próprias obedecem.
Não.
Saudadesdasdoceslembrançasdetemposremotosquejávivi.
E que se confundem com momentos imaginados pela minha mente confusa.
Revi veria tudo se pudesse.
Mas isso é só mais uma noite na minha vida, antes que o sono me derrube.
---...---
Logo teremos o fim da Cronica nº22, aguardem
(eu de férias, vcs não... não me invejem, por que não tenho nada para fazer nesses dias, e ninguém para dividir meu ócio de forma regular... se não fez sentido não se assuste, o sono me tira grande parte da minha pouca razão)

20 de julho de 2007

Férias!

(eu ainda não, aproveitem as férias de vcs pessoal!)

Anyway, vou reler tudo que escrevi até aqui, para fazer os ultimos episódios dessa série.
Eu sei q já deveria ter postado pelo menos o 20o episódio, mas como num fiz ainda, vou me dar um tempinho pra terminar. Qualquer reclamação, utilizem o "Críticas(?)" embaixo deste post. Até mais ;)

1 de julho de 2007

Episodio 19

[Link p/ o 1º Episódio]
[Link p/ o 18º Episódio]

[Contagem Regressiva: 3]
Episódio 19 - Download

Era ela própria, flutuando no vazio.
A frente havia uma placa... não sabia direito se era madeira ou metal, ou mesmo plástico. A impressão era que tinha sido feita à mão. Parecia nova, mas ela sabia que não era.
Sobre a mesa haviam 3 esferas alinhadas. Todas eram a Terra, parcialmente iluminada(s), podendo-se ver o dia e a noite em cada uma.
Ela olhou com atenção. A primeira era seca, coberta por uma densa atmosfera escura e carregada, dava pra sentir que era quente e instavel.
A segunda iluminada no hemisfério norte, dava pra ver os oceanos e as cidades.
A terceira era a Terra como Mariane conhecia, pouco iluminada à noite e bastante verde.
Ela refletiu um momento, em apenas um século que separava a 2ª e a 3ª esferas, elas se tornaram bastante diferentes.
Ela olhou novamente para a placa, parecia velha desta vez, mas a impressão é que agora ela estava nova.
"Que confusão..."
Ela voltou a prestar atenção nas duas últimas esferas, ambas estavam como em qualquer foto, mas com algo mais.
Ela se aproximou da segundahaviam várias pequenas faíscas por toda a extensão de de terra. Ela não saberia explicar se perguntassem, mas sabia o que era.
A terceira esfera estava parecida.
A iluminação, de onde quer que estivesse vindo, diminuiu e a placa e as 3 esferas sumiram.
Mariane sentiu um peso no bolso, e de lá tirou uma chave... ou seria um relógio?
Ela prestou mais atenção, aquilo estava preso no seu pulso por um cordão transparente.
+/+

Mariane abriu os olhos consciente de algo novo, e com a consciência mais leve. Havia trabalho a fazer, e só ela poderia faze-lo.

+/+

Desde quando saiu da sala da biblioteca Arjen se sentia diferente, era algo sutil, mas constante.

Naquele dia, o treinamento foi muito mais leve que o de costume. Eles já haviam absorvido quase todo o conteúdo teórico do treinamento, já estavam, prontos para partir na verdade.
Uma das poucas coisas que faltavam era um pacote de cultura, básicamente conteúdo de livros, revistas, televisão e internet comuns no começo do século anterior além da váriação de algumas linguas. Nada muito importante, e de fácil assimilação.
Maya e Estela pararam para observar quatro orbitais pousados do lado fe dora da base, em uma pista de metal.

- Como você acha que vai ser? - perguntou Estela.
- Não faço a mínima idéia... mas logo saberemos. - respondeu Maya.
- Acho que não serão todos os pilotos que vão, essas naves já estão ai há quase 20 minutos e nenhuma outra apareceu, acho que só vão 4 de nós. - comentou Estela.
- Acertou, só vocês duas, Arjen e Grego. - Disse uma voz atrás delas.
Ambas se voltram para tras e viram as costas de um militar virando uma curva no corredor.
- Quem era? - perguntou Maya.
- O tenente que nos supriendeu ontem... - respondeu Estela desanimada.

Um trem magnético com 4 esferas saiu da base na direção das orbitais pousadas, e na cabine abertra de cada uma começou a encaixar as esferas com um pequeno guindaste.

- Hey! O conselho pagou por orbitáis novas! - Percebeu Maya.
- Devem ter custado bem caro. - comentou Estela, com um olhar distante.

Ambas receberam um chamado pela sub-rede.

+/+

Na sala de Reuniões, depois que todos se acomodaram, uma pequena esfera metálica no centro da mesa começou a flutuar. Ninguém deu muita atenção até que, já fora da mesa era projetou um holograma de Mariane.
- Oi, eu sou M2 - disse a imagem -, um software consciente baseado na IMA* de Mariane, cientista responsável pelo projéto.
- Tá ok, pula a introdução, vai direto ao que interessa. - disse Arjen.
- Bem, além de me apresentar, eu devo dizer que vocês foram selecionados dentre os treinandos para participar da missão. Agora vocês oficialmente são militares.
Houve uma pequena comemoração entre os 4 pilotos.
- Continuando, vocês terão acesso à relatórios e arquivos governamentais arquivados da minha biblioteca interna durante a missão. Estou, por tanto, às ordens de Estela, comandante da missão, e Arjen, sub-comandante.
- Quando partimos? - perguntou Estela.
- Amanhã, ás 16h segundo o fuso da sede do conselho. A sua missão será investigar o destino das pilotos Camila e Pamela. Depois do "deslocamento" que elas sofreram, devem ter ressurgido na órbita da Lua, no dia 10 de Setembro de 2001, por volta de 21h no horário de Brasília.
- Horário de Brasília? - perguntou Arjen.
- Sim, ela aparentemente pousaram próximas ao mar do Japão no dia 11 de Setembro, de madrugada, mas suas últimas pistas constam do Brazil, mais precisamente São Paulo.
- Em que data? - perguntou Estela.
- Também 11 de Setembro de 2001, mas 8 horas mais tarde.
- Como iremos para o passado? - perguntou Maya.
- O deslocamento vai ocorrer com o uso da Pirâmide de Transferência, que foi adaptada para esse uso. As orbitais não serão deslocadas, apenas as células de transferências.
- O que levaremos? - perguntou Arjen.
- As vestimentas, eu e alguns diamentes.
- Muito bem. Algo mais que queira relatar? - perguntou Estela, um pouco cheia de si.
- Nada. Alguma pergunta mais? - questionou M2.
- As roupas, o que têm elas demais? - perguntou Greco.
- São de borracha-construída, nada demais.
- E por que não os trajes comuns de pilotagem de lifiber? - questionou Grego novamente.
- Por que o lifiber não existia na época. Lembrem-se, vocês vão quase nus, a única tecnologia extra são os CI's e eu. Algo mais?
Todos disseram "nada".
- Estela, te acompanho daqui por diante. Ok?
- Tudo bem. Todos dispensados. - Terminou Estela,levantando-se para sair da sala.
Maya disse então:
- M2! Mais uma coisa, como voltaremos depois de resgata-las?
- O deslocamento de retorno vai ocorrer dentro de 7 semanas para vocês. Tenho na minha memória um projéto que adaptará um avião para o deslocamento de retorno.
- Obrigado.

-/-
[Nota do Autor: o nome do episódio se refere ao processo que a personagem Mariane sofreu para criar M2. M2 que não passa de um backup da personalidade e memórias de Mariane, alteradas por ela própria, e emuladas por um software ;)]
Contínua(!)
[Próximo Episódio? Não foi terminado, será lançado provavelmente dia 15]
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9 de junho de 2007

Episodio 18

Recomendações:
Uma Verdade Inconveniente (excelente);
A Revolução não será televisionada (altamente manipulador, no entanto vale a pena assistir e conhecer alguns detalhes do nosso vizinho);
Have fun!(escrevi certo?)
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[Link p/ o 1º Episódio]
[Link p/ o 17º Episódio]

[Contagem regressiva para o fim da série: 4...]
Série: Episódios da Crônica nº 22
Episódio 18 - Tentativa Parte II: Conseqüências(?)

Ele se vestiu com a roupa de treinamento.

Arjen definitivamente não era um hacker ou cracker de 1ª linha.
Ele também não era um agente secreto.
Mais do que isso, ele definitivamente não sabia como fazer a maldita porta do dormitório abrir em silêncio.

Ao abrir a porta tanto Maya quanto Estela acordaram.
Ambas com vontade de mata-lo.
Ele ia se esgueirando pela porta quando elas duas o puxaram de volta para o dormitório, o mais silenciosamente possível, para evitar que Grego (outro piloto que dormia no quarto) também acordasse.
Estela ligou o isolamento acústico da cama de grego e o da sala.

Arjen quase apanhou de Estela, mas os movimentos dela estavam afetados pelo sono e cansaço.
Ele se esquivou e explicou rapidamente o que havia feito e qual era o objetivo.
Maya não esperou, antes dele terminar de explicar ela já estava pronta para ir com ele, Estela fez o mesmo.

Os três cruzaram a base, rapidamente, sem uma só palavra, e chegaram na ante-sala da biblioteca.

Arjen abriu-a com um código que havia roubado meia-hora antes.
Fácil.
A segunda porta foi mais complicada. Estela a abriu depois de um momento que durou uma eternidade. Todos estavam excitados com a brincadeira inconseqüente.
Eles entraram. A sala da biblioteca devia ter um raio de 4m, o chão era branco, com piso de borracha-sensível. As paredes e teto formavam uma meia esfera de ALONTM (alumínio transparente).
O lugar ficava exatamente no meio da Base. Do lado de fora as estrelas cobriam o céu, e as paredes dos outros prédios e muros que cobriam a base se cobriam a visão do horizonte.
O peso do mundo caiu sobre as costas dos 3 quando entraram.
No meio da sala um terminal de IE se erguia do chão.
A sala, cuja segurança havia sido desligada por Arjen, ainda reconhecia a entrada de "usuários" e providenciava poltronas que emergiam do chão(assim como o terminal do IE).
O número total de poltronas prontas para uso na sala eram 4. Uma delas era destinada ao Tenente-General Vitor A., que os esperava.

- Falharam, mas mesmo assim: Meus parabéns.
- Que?! - perguntou Arjen, desnorteado.
- "Que?" não, "como?".
- Você derrubou com exito 9 das barreiras internas de segurança dessa sala, um feito impressionante, como muito que vocês fizeram por aqui. Mas você falhou Arjen com a 10ª barreira. Uma atitude dessas é punível com a morte, afinal, isso pode ser considerado "conspiração".
Só me admiro delas virem com você, parece que o treinamento realmente rendeu uma equipe, isso é ótimo.

Ambas ouviram atentas, e apreensivas, não entendendo completamente.

- E por que eu não morri com o choque de defesa?
- Pelo mesmo motivo que não foram pegos no caminho pra essa sala, e pelo mesmo motivo que se livraram da pena de morte aqui. Vocês têm um passe livre da conselheira, sendo assim, a missão continua rodando. Mas, cuidado, reincidência não é perdoada com o passe livre, então, se tentar isso de novo, melhor fazer direito, ou então a defesa automática vai matar você. Estão dispensados, voltem para o dormitório.

Eles se viraram para obedecer quando o tenente disse:

- Mais uma coisa, o que você queria na biblioteca?
- Acesso aos documentos históricos e relatos de poderes-psi na organização.
- Entendo... Se você voltar vivo da sua missão, trazer as duas pilotos desaparecidas e não ferrar com a história, eu mesmo mostro onde você pode aprender a fazer isso. - Arjen flutuou for alguns segundos e foi derrubado no chão, sem ser tocado por nada, exatamente como viu acontecer na tentativa de golpe dentro da sede do Conselho.

Os 3 pilotos ficaram assombrados com aquilo, e depois de receberem outra ordem de dispensa se dirigiram para o quarto.
Arjen nem se importou com o tapa na cabeça que Maya deu dizendo "Faz direito na próxima!" ou algo assim.

Contínua(?)

Episodio 17

Link para o 1º Episódio
Link para o 15º e 16º Episódios

Série: Episódios da Crônica nº22

Episódio 17 - Crise


Era a coisa mais próxima de "sono" que o corpo e mente dela sentiam nos últimos dias.

Ela não estava nada bem consigo mesma. Sentia-se culpada, e pior. Antes, era apenas uma dúvida terrível.

Agora, realidade.


Ela não conhecia a origem da primeira "Janela", não sabia por que abriu, não tinha idéia do por que havia fechado. Isso não interessava naquele momento.

Mas ela ligou os pontos, e encontrou a pessoa que "abriu" a segunda janela, no espelho, na manhã anterior.

Ela era culpada.

Todas as pessoas normais saiam no feriado de Natal, iam conviver com suas famílias, jantar na casa de outrem ou se ocupar de coisas do coração ou do bolso.

Por que ela tinha de ser diferente? Por quê?

O que à levou a ficar na cadeira do jardim, na frente da caso do velho pai, com o CI ativado, calculando, arquivando... enfim, trabalhando?

Isso à levou a ter idéias.

Ela não pensava em Deus havia tempo. "Será?"

Questionar, pensar, tentar entender.

Havia algo errado nisso?

Mariane se revirava na cama, desejando apagar naturalmente. Algumas lágrimas no rosto.

Nas primeiras horas do dia 19 de dezembro, com os irmãos e irmã, e os pais comemorando o Natal, ela teve uma idéia.

"Qual o poder das idéias?" uma vez perguntaram pra ela.

Ela agora sabia a resposta, e era muito maior do que a maioria das pessoas poderia pensar.

Quando a janela se abriu exatamente? - ela se perguntava, e logo sentia-se mal por continuar a perguntar depois de perceber aonde as perguntas à levaram.

Naquela noite, ela formulou uma equação, resultado de um trabalho de semanas seguidas.


Semanas.

Semanas, e com algum papel, vários kilobytes de texto e determinação.

Tinha de ser ela?!

Por que não outra pessoa?

A tal equação separava o tempo do espaço em algumas situações raras. Isso teoricamente implicava numa possível viagem no tempo.

Possível... MUITO POUCO possível.

Quando as pilotos Camila e Pâmela desapareceram ela identificou imediatamente as condições que tornariam uma vigem no tempo possível, mas aquilo tão concreto como um sonho.

Não deveria funcionar. Ela nunca acreditou nisso, pelo menos não conscientemente. "É um absurdo".

Nisso ela errou.

Quando ela e alguns colegas foram escolhidos pelo gabinete da Conselheira-Mor para descobrir o que havia acontecido, ela, de pronto, aceitou.

E entendeu. E organizou tudo aquilo que hoje a cercava, sem saber que ela própria havia criado as condições para que acontecesse.

Convenceu seus colegas, e a própria Conselheira-Mor.

Não havia sido fácil.

Eu devia ser castigada? - pensamentos, muitos deles auto-punitivos, passavam pela cabeça. Ela nem mesmo tinha coragem de inibir o super-ego pelo CI.

Não tinha coragem nem mesmo para ligar o CI.


Ao formular aquela equação, ela tornou possível viajar no tempo.

E isso a consumia.

Seria ela culpada por um erro-lógico na continuidade do tempo, um loop pelo qual todo o universo estaria fadado a passar por causa de uma idéia dela?

Mais pensamentos naquela mente inquieta passavam. Depois de horas de tormento e revolução interna, ela realmente adormeceu e teve pesadelos.


Continua(?)

4 de junho de 2007

2 Pelo preço de 1

EXTRA: 2 Episódios!

[E um autor virando suco]

Link: 1º Episódio
Link: Episódio 14 (Para mais, menu à Esquerda)

Episódio 15: Relatório


Relatório Nível 6

Segurança: Cripto-77 e Autenticação Nível 4.

Destino: Conselheira-Mor Luciana. Cod: HF955


Autor: Tenente General Vitor A.

Autenticação Cod:DM1667

Departamento: D.E.E.P. Mi


Assunto: Andamento da Missão Mista "Emmett B."


Excelentíssima, conforme requerimento enviado, reporto o andamento da missão e a avaliação dos participantes.

No anexo 1 estão as fichas dos participantes secundários.

No anexo 3, que será enviado dentro de 9 horas, a ficha completa e investigação sobre os participantes primários.

No anexo 2 um resumo do anexo 3.


Aparentemente corre tudo em ordem, a produtividade da equipe cientifica está acima da esperada.

O treinamento dos pilotos civis está satisfatório, dentre eles se destacam de longe Estela, Maya e Arjen.

Estela demonstrou capacidade acima da média em todos as atividades. Seu aprendizado foi 19% acima dos recordes registrados nos treinamentos de soldados. Além de demonstrar mais habilidade em artes-marciais que o instrutor.

Maya não quebrou recordes mas sua habilidade com equipamentos eletrônicos do inicio do século 20 foi exemplar, melhor que os de Estela inclusive, ela compreendeu rapidamente o funcionamento avançado dos equipamentos antigos.

Arjen seguiu de perto o desempenho da Maya em todos os quesitos, mas superou Estela no nível de aprendizado com o CI. Ele chegou a 23% de aprendizado, 1% do seu próprio recorde, que descobri ser o maior desde que a instrução VCI começou a ser empregada.

Ele mostrou também bons rendimentos no trabalho em equipe, mas não a liderança esperada. Portanto não deverão haver problemas entre ele e Estela, como a análise previu.

Mariane, chefe da equipe científica trabalhou mais de 9 dias seguidos até agora, e aparentemente chegou a alguma grande conclusão, e seu humor anda instável desde ontem.

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Episódio 16: Tentativa...


A rotina era simples:


Acordar cedo.

Receber doses gigantescas de informação pelo CI.

Treinar artes marciais.(aprendidas à poucos dias, pelo CI)

Meditar.

Comer.

Treinar com armas brancas.

Receber mais informação pelo CI.

Comer.

Passar por exames médicos.

Dormir e sonhar com toda a informação que os cérebros deles tentava fixar.


A maioria das pessoas ficaria louca depois de 3 dias assim. Eles já agüentavam firmemente isso por 5 vezes esse tempo.

Um treinamento rigoroso do exército faria o mesmo trabalho em 6 meses.

O corpo deles estava com o metabolismo acelerado. Vírus carregados com melhorias genéticas temporárias entravam em seus sistemas todos os dias.

Arjen tinha ganhado massa muscular extra, 12% em 10 dias. Seus ossos estavam mais pesados segundo a análise. Essa não era a única mudança, mas as outras eram menos perceptíveis a olho nu.

Ele no entanto não viu nada do que desejava ainda.


A D.E.E.P Mi era não só uma organização secreta, mas uma lenda urbana.

Um Departamento especial criado pelo Conselho na mesma semana em que o Conselho foi criado, para servir como agência de espionagem e segurança dos membros.

O que se dizia sobre a D.E.E.P. Mi era que eles tinham em suas fileiras os melhores soldados de todos as organizações militares do mundo. E que eram mantidos por uma fidelidade mais que sobrenatural por influência de telepatia[1].

Era dito também, principalmente por malucos e pessoas de sanidade duvidosa (e por desocupados), que dentre os integrantes da Deep havia pessoas capazes de fazer coisas fora do comum. Normalmente as referências diziam que os instrutores da organização poderiam ensinar pessoas a mover coisas com a mente.

Na verdade, 99% de tudo era apenas teorias de conspiração. Mas nessas mentiras havia um fundo de verdade, ou pelo menos era uma certeza de Arjen.


Estando ele na base da Deep, não deixaria de tentar passar alguns minutos lendo a biblioteca de arquivos. tentou isso 4x. Na última conseguiu uma informação útil.

O preço de saber que a biblioteca não estava conectada na Sub-Rede do prédio foi uma interface externa pifada[2].


Isso aconteceu logo antes do horário de repouso.

O treinamento exigia 9 horas de sono. O sono Não era nada confortável.

Ficar sem esse tempo, no entanto, poderia ser ainda mais desconfortável. Ao cair da noite todos eles perdiam parte de sua capacidade de raciocínio e ficavam um tanto... confusos.

Mesmo assim Arjen se manteve acordado, e desligou cada um dos sistemas de segurança da área da biblioteca à força pelo CI, mesmo correndo risco de entrar em coma por um choque de defesa[3].


+/+

Legenda Rápida:

[1]- Telepatia pode ter o sentido clássico(a) quanto o sentido novo(b).

(a) Telepatia (do grego τηλε, tele, "distância"; e πάθεια, patheia, "sentir ou sentimento") é definida na parapsicologia como a habilidade de adquirir informação a cerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outra pessoa , sem o uso de ferramentas tais como a linguagem corporal ou sinais.[retirado da wikipédia].

(b) Comunicação de alta sofisticação usando os CIs. Telepatia nesse caso é a mais complexa forma de comunicação, que dispensa uso de linguagem e passa impressões de um cérebro a outro direto na "linguagem nativa" do cérebro. Algo muito raro em 2101, pois exigia um imenso auto controle para q a transferência de informação se limitasse ao que o interlocutor queria que o outro soubesse, além de ser difícil de se comunicar dessa forma para a maioria das pessoas.


[2]- "Interface Externa" é um computador não integrado a nenhum cérebro, normalmente encontrado como os Desktops antigos. É usado por pessoas não integradas a rede, crianças, e hackers. as IE's são menos funcionais e mais lentas, porém mais seguras para o usuário.

Sub-Rede é uma mini-versão da Rede Mundial Integrada (Internet/RMI/Rede), serve para troca rápida de informação e segurança de dados.

"Biblioteca" é qualquer banco de dados, inclusive uma que contenha livros em papel.(raros)


[3]- "Choques de Defesa" servem para danificar um sistema invasor e proteger informação. Pouco usada, muito perigosa.

Os choques de defesa podem destruir tanto IE's quanto danificar cérebros invasores. Arjen estava ciente disso, mas confiava na sua capacidade de crakeamento de defesas.

+/+


Depois de derrubar um dos sistemas de segurança digital mais caros da história, Arjen se preparou para invadir a sala da biblioteca e acessar os arquivos.

[Continua(?)...]

26 de maio de 2007

Episodio 14

Comentário breves:

[Link para PCC2.0 ]

Lembram-se da minha opinião sobre a origem do crime organizado no Brasil?
Resumindo: Nasceu qnd os sábios a frente da ditadura misturaram presos politicos com presos comuns.

Pois bem, ontem tive um momento de visão.
Certa vez li que o objetivo de aprender história é não cometer o mesmo erro de Napoleão ao invadir a Rússia, e ser pego pelo inverno.
Se não me engano Hitler cometeu o mesmo erro. Burrice sem tamanho.

Hj, a sociedade brasileira tem a oportunidade de errar. Como sempre.
Mas com 1 diferença: Já erramos antes, no mesmo ponto.

[Errar é humano. Permanecer no erro é falta de inteligência.]

Baixar a maior-idade penal é misturar criminosos de tipos distintos.
Consolidar as idéias de que a "punição" que o estado impõe aos menores criminosos é destruir de vez qualquer chance de reabilitação (como na antiga febem, que era considerada uma "escola do crime" pela população, onde os internos entravam por algum crime menor e saia pronto para o tráfico de drogas ou outra atividade pior).

Misturar presos é algo muito perigoso, não só para a sociedade, mas para os próprios detentos.
-/-

Qnt à Cronica n22, espero que estejam gostando.
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Link: 1º Episódio
Link: Último Episódio
[Para mais, veja lista ao lado]

Episódio 14
Título: Janelas de Mariane
Série: Episódios da Cronica nº22

Ela não dormia bem há dias. Sua face já mostrava olheiras e mais mal-humor que o normal.
Ela não gostava de homens, e um deles insistia em invadir seus sonhos sem consentimento.
Ela já seria capaz de reconhece-lo na rua se o visse. Estava frustrada.
Os poucos amigos da faculdade já percebiam a mudança, não comentaram.
Os pacientes no hospital também. Um senhor já idoso, muito amigo de Luana tentou comentar, mas talvez sua sabedoria, ou talvez a expressão de intenso ódio q passou por um segundo no rosto dela tenha feito ele desistir de comentar momentaneamente.

Ela era uma mulher de olhos cinza, pele branca e cabelo ondulado e castanho-escuro.
Costumava vestir roupas escuras em qualquer clima, e era um tanto anti-social, fato que não incomodava muita gente, levando em conta que as pessoas tinham medo dela por um ar sombrio ou algum preconceito, era assim desde a 4ª ou 5ª série... nem mesmo ela se lembrava.
Ela tinha cerca de 1,69m. Estava sentada, encostada numa árvore, tentando ler um texto que o professor mexicano deixou para a sala analisar.
Não prestava a minima atenção às letras. Pensava sim no motivo de sua insonia.
Ela nunca dormiu muito bem desde os 14 anos. Nos últimos dias, porém, sempre que fechava os olhos, o via.
Ao ve-lo, sentia algo que a fazia acordar. Nem sabia quem era ele, já o odiava.

+/+

Ele, por outro lado dormia muito bem, mas não sonhava com coisa alguma. Cada dia de treinamento era o mais dificil da vida dele. De todos, ele estava se esforçando mais.
Os pilotos estavam indo melhor do que o esperado. Estela se destacava como melhor dentre eles, sem grandes esforços. Seu desempenho era seguido de perto pelo de Arjen, que queria descobrir o que pudesse sobre a Deep Mi.

+/+

Depois de mais 6 noites acordada, Mariane descobriu uma aberração na pesquisa.
Havia 2 periodos determinados em que viajar no tempo seria possivel. Precisamente entre 10 de setembro de 2001 e 6 de janeiro de 2043.
Outra "janela" de possibilidade se abria exatamente no dia de Natal do ano anterior. Uma sentimento interrogativo nasceu na mente de Mariane ao fazer essa constatação.

-/-
Continua(?)

19 de maio de 2007

Episodio 13

[Se der problema...]
[use o Internet Explorer, infelizmente]
[OU use um addon do Firefox :)]

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Para mais, veja a lista no menu Episódios da Crônica nº22, à esqueda)
(Ver Episódio 12
)
Episódio 13
Série: Episódios da Crônica nº 22
Título: O Sonho
Nunca se viram. Não moraram próximos.
Não tinham os mesmos gostos. Seria impossível para eles sequer estarem nos mesmos locais ao mesmo tempo.
Eles não viveram próximos.
Mas uma noite, na vida de cada um, com 99 anos e alguns meses de diferença, eles sonharam o mesmo sonho.
Ela o viu no sonho. Ele a viu no sonho.
Nenhum dos dois se lembrou do conteúdo do sonho completamente ao acordarem, mas ambos acordaram com uma sensação estranha.

Ela, em sua cama, abriu os olhos serenamente.
Viu o armário e as paredes brancas, um poster e a mesa do computador; tudo fracamente iluminado pela luz dos postes que entravam pela fresta da janela de aluminio.

Ele, respirou fundo e abriu os olhos, estava também numa cama, muito diferente da cama dela.
Havia um holograma sobre uma mesa, era um peixe azul-translucido nadando no ar. Era a única fonte de luz no quarto.
Ele o viu o peixe que ele mesmo havia projetado quando criança. Lembrou-se do sonho e dela.
-/-

A pior parte -a limpeza- havia passado, e nenhum dos pilotos iria querer passar por aquilo de novo.
Apartir da manhã seguinte eles iriam ter treinamento militar com a D.E.E.P. Mi. Eles acordariam as 6h15.
Arjen, no entanto não dormiu mais aquela noite e vagou pelas instalações em que estava alojado junto com militares, cientistas e civis.

Ele pegou o cartão verde e colocou num bolso.
Se sentia já no passado. Roupas de tecido, sem acesso à rede, funções biológicas desajustadas, sono desajustado, sonhos naturais sem sentido...

O céu! Arjen calou os pensamentos ao ver o céu limpo, negro e pincelado de estrelas. Caminhou até a escada e senrou-se ao lado de Mariane.
(Arjen) - Dificuldades com seu sono também? - perguntou ele.

(Mari) - Não, eu desprogramei meu sono, faz 8 dias, e você?

(Arjen) - Tive um sonho estranho, perdi o sono. Sabe que faz mal ficar sem dormir né?

(Mari) - Sei, mas são só 8 dias, num é nada para se preocupar.

(Arjen) - Como está o seu projeto?

(Mari) - Parado. Não entendo por quê, falta algo nisso tudo.

(Arjen) - Que bom! - disse ele com um sorriso alegre no rosto.

(Mari) - Tá de brincadeira? O que quer dizer?

(Arjen) - Você encontrou um coisa completamente nova, algo só imaginaram isso até hoje.

(Mari) - E...?

(Arjen) - Sempre foi assim, não foi? Foi assim com Einstein, com as descobertas de química e biologia. Não?

(Mari) - Verdade, mas eu preciso terminar isso o quanto antes.

(Arjen) - Por que?

(Mari) - A presença delas no passado pode alterar a história... suspeito que filosofar sobre isso não vai adiantar muito... e fazer testes com o "paradoxo do avô" poderia ser desastroso.

(Arjen) - Então, "a resposta está nos números"?

(Mari) - Uma parte dela, acho que já vi quase tudo disso, mas faltam informações, é como procurar buracos negros.

(Arjen) - Se você sabe os números, estude as letras.

(Mari) - Anh? Estamos falando da mesma coisa?

(Arjen) - Claro que sim.

(Mari) - Não to entendendo nada.

(Arjen) - É como dizem, você sempre encontra o que procura no último lugar em que procura.

(Mari) - Isso por que quando encontra você para de procurar.

(Arjen) - Verdade, não tinha pensado nisso.

Mariane riu.

(Arjen) - De qualquer forma, procure no último lugar em que procuraria. Eu vou correr um pouco, daqui a pouco eles vão nos acordar.

(Mari) - Tá bom, eu vou voltar para o escritório.

(Arjen) - Melhor dormir um pouco.

Arjen se levantou e desceu até a areia, e correu.
Ela olhou para o céu que começava a clarear, se levantou e foi para o escritório.
-/-

(99 anos antes)

Luana não dormiu mais aquela noite, se levantou, leu um pouco. Tomou um banho, trocou-se e foi para a faculdade.
.......... ......... ........ ....... ...... ..... .... ... .. .

13 de maio de 2007

Episodio 12

[O BLOGGER TA COM PROBLEMA, VISUALISE COM INTERNET EXPLORER DESSA VEZ =/]
[eu odeio a microsoft, mas dessa vez é o jeito]

"Por que vc não escreveu o episódio 12 ainda?!"
Tava com preguiça hehehe...
Mals, se alguém realmente LÊ e tá gostando, aqui está, divirtam-se =P


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"Como vc esta?"
Bem, de férias, curtas.


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Balanço da UFABC:
1º Trimestre - 5 Matérias
2 TRANCADAS, 1 REPROVAÇÃO, 1 "C" e 1 "B".
FOI FODA! hehehehe, me disseram que a vida não é fácil, eu acredito!!!
Agora acredito.


+/+
Desejo um Feliz Aniversário para a Lu. 18 anos é legal, e você já tem responsabilidade pra isso desde os 16 =P
Maior-idade, Divirta-se!
+/+


Para o deleite dos leitores, dessa vez usei o Writter do BrOffice para limpar os erros de sintaxe do texto(abaixo).
Se tiver erros de semantica, perdão, tava com sono quando escrevi.
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Episódio 12
Série: Episódios da Crônica nº 22
Título: A Limpeza


Talvez todos eles compartilhassem em certa medida as dificuldades do projeto.
Viajar no Tempo não seria fácil.


-/-/-/-/-
Era consenso, foram os dias mais desconfortáveis da vida dos pilotos.
O corpo deles, inclusive o de Maya IV -que chegará 2 dias depois de Arjen e Zero- estava enfraquecido pelo processo de "limpeza" começava a cheirar e feder com mais intensidade que o de costume.
no 1º dia eles vomitaram, e contanto dom os intervalos, foram mais de 30 minutos de desespero... um tanto traumático, principalmente para Zero, que nunca havia vomitado na vida.


O objetivo da "limpeza" era impedir que máquinas muito avançadas acabassem no passado, oque, se acontecesse, causaria grandes mudanças na história.
As máquina, no caso, eram nano-robôs integrados ao corpo dos pilotos, algo comum para a maioria das pessoas no século 22.
A integração mantinha o metabolismo corporal sob controle da pessoa, dentre outras funções.
Ninguém com menos de 30 anos de idade sabia o que era ou para que servia uma escova de dentes, ou o que era uma virose.
Além do que, os nano-robôs integrados ao corpo era responsável por construir a CI nos cérebros quando fosse dada a ordem, e eles eram responsáveis pela transmissão de informação do corpo da pessoa para qualquer sistema externo, ou seja, eram o meio de comunicação das pessoas com as máquinas e computadores e Rede, além de vigiarem o estado de saúde constantemente e acelerar processos de cura.
O corpo humano, integrado à "máquina" como um simbionte tornava-se, em certa medida, dependente. E o processo de limpeza, muito raro, quase sempre era desconfortável Normalmente era classificado como "a pior época de uma vida" pela maioria das pessoas que passavam pela experiencia, e eram poucas.


O volume total ocupado por eles era relativamente pequeno, se todos fossem reunidos, não encheriam uma xícara.
Mas, por serem bastante pequenos, esse volume eqüivalia a um número muito grande.
Por causa da dependência que o corpo apresentava aos nano-robôs, quando recebiam a "ordem de desplugar" o faziam em etapas, que duravam no total 7 dias, nos quais iam abandonando o corpo gradualmente, para acostuma-lo à nova situação.
No primeiro dia, mais precisamente na primeira meia-hora, cerca de 20% deles se juntavam no sistema digestivo e eram expelidos pelo vomito.
Os outros 40% saíam constantemente pela pele no suor, oque fazia os pilotos suarem sem parar, mesmo quando estavam com frio. Os 39% finais eram expelidos pela urina.
Mesmo depois de tudo isso, cerca de 1% dos nano-robôs eram mantidos no corpo, eles compunham os "fixos", que constituíam os CI no cérebro, nunca saiam e nem poderiam.
Para se livrar deles a pessoa deveria desativar permanentemente o CI e tomar remédios que ajudariam o corpo a absorver os nano-robôs, o que, ainda por cima poderia causar câncer.
Os pilotos, no entanto não teriam que desativar os fixos, pois eles não apresentavam perigo -se degradavam com a morte da pessoa, nunca se multiplicavam- e constituíam necessidade, já que no passado eles poderiam precisar se conectar a máquinas e mesmo no presente precisariam do CI intacto para o treinamento posterior.


Vomito, vontade constante de ir ao banheiro, perigo de desidratação, calafrios, tonturas, cansaço, mal-cheiro, mal hálito, fraqueza, dor no corpo, flutuações de humor, algumas alucinações leves, distúrbios no sono, dores de cabeça, desanimo.
Essas foram algumas das melhores partes daqueles 5 dias, e ainda faltavam 2 para o tormento terminar e, apesar de não ser grande melhora, depois do 3º dia esses sintomas começaram a ter sua intensidade diminuída, a partir do 5º sua freqüência também.
Quando isso aconteceu, todos voltaram em parte a quase-tentativa-de-normalidade, sem sucesso absoluto.
Foi quando recuperaram sanidade suficiente para aprender a escovar os dentes e tomar banho sozinhos. Com a sanidade, puderam também julgar a própria situação, e seu moral começou a baixar... melhor dizendo, entrou em queda-livre.


No sexto dia os pilotos já se sentiam quase* normais -* ou seja, doentes, mas melhores que antes- e começaram a conversar com o apoio psicológico da base.


No sétimo, a recuperação pura começou realmente.
Apenas 10 dias depois do começo da "limpeza" eles se sentiam relativamente bem de novo, e começaram o trinamento físico.
-/-/-/-/-


Nesses dias, Mariane também não estava com um humor muito bom. Todas as simulações da viagem falhavam sucessivamente, e ela precisava descobrir o por quê e concertar o quanto antes.
Foi o 1º entrave da missão, já que ela havia conseguido a poucos dias transportar um relógio para o futuro.
Isso não a desanimo, para ela, cada desafio era mais um motivo pra lutar.


-/-/-/-/-


Luciana, por fim, não teve dias muito melhores que seus amigos.
A cadeira de Conselheira-Mor lhe ocupava quase todo tempo e ela dormiu pouco naquela semana, e os "dias de folga" que dedicou ao projeto lhe custaram várias horas de sono perdidas.
Ela, ainda sim, não se abatia. O caso das pilotos desaparecidas ainda não havia sido esquecido pela mídia, mas já enfraquecia.Elas foram dadas como mortas depois de duas semanas.
Por 8 anos isso não acontecia.
..... .... ... .. .


Continua(?)

26 de abril de 2007

Episódio 11

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Episódio 11
Série: Crônica nº22
Título: O lugar mais isolado da Terra pt.II

Ambos se acenaram, a situação era um tanto quanto impressionante.
Poucos metros a frente, nada mais que a mulher mais poderosa no planeta. Ao lado dela, a cientista mais brilhante desde Einstein.
Ao redor deles, outras 10 pessoas, tão embasbacadas quanto era possível com a situação.
No recinto, alguns militares e cientistas que trabalhavam na pesquisa financiada pelo próprio Arjen, sem que ele soubesse.
"Ah, se todo investimento rendesse desse jeito..." - pensou ele por um instante.

Mariane explicou por alto sobre a pesquisa, e seus resultados teóricos, ainda mais, anunciou que, se tudo desse certo, dentro de intantes, iria se completar o 1º deslocamento no Tempo praticado intencionalmente.
A "amostra", como ela chamou era um relógio que foi mandado para alguma horas no futuro, isso no dia anterior, para que no fim da apresentação, uma fenda se abrisse e o relógio reaparecesse, atrazado.
Claro, poderia ser um truque. Em 2101 a sociedade tinha muitos céticos, mas a presença da Presidente e o renome de Mariane, além de todo o esquema de segurança fazia com que todos, em maior ou menor grau, considerassem seriamente a hipótese de aquela mulher realmente ter contrariado mais de 400 anos de dogma cientifico.
Precisamente as 17h22min14s de 19/1/2101, em algum ponto no meio do deserto, no suldoeste estadunidense, desntro de uma sala de conferência num pequeno complexo de pesquisas do governo, mais recisamente no palanque, num ponto aparentemente esférico com dois palmos de diametro, flutuando à pouco mais de 1 metro no chão, a luz se distorceu por 3 segundos.
Todos olharam espantados, sem entender, quando a dita esféra sumiu. E um pouco mais quando ela voltou a reaparecer.
Alguns na sala perceberam que a energia estática do local se intensificou, ouviu-se aluns estalos, de choque. e a esfera novamente sumiu.
Mariane considerou a possibilidade de ela ter falhado na 1ª tentativa, quando, 1 segundo mais tarde, o processo recomeçou, só que mais rápido que das vezes anteriores.
Um clarão ofuscou todos os presentes, durou exatos 18s, cronometrados pelo computador da sala, que havia sido préviamente programado prar isso.
O computador não registrou radiação diferente de luz e ondas de rádio, como foi previsto.
Quando a luz se apagou, um homem engravatado caminhou até o local (uma capsula cilindrica de aluminio transparente), abriu e pegou um relógio atomico que mostrava a hora errada, estava 19 horas atrazado.

Para os ouvintes que ainda estavam céticos, isso não os fez mudar completamente de idéia, mas houve uma sensivel mudança.

- Mas, afinal, por que está nos contando isso? - perguntou um dos ouvintes, e proceguiu - Imagino que isso é uma informação extremamente sigilosa, algo assim teria implicações imprevisiveis e muito sérias nna sociedade.
- Senhor, a pesquisa começou há 18 dias, precisamente quando as pilotos Pamela T. e Camila M. sumiram, como deve saber, a viagem Terra-Lua não demoraria tanto, xcaso ela tivessem desobedecido a ordem de uso das hiper-vias, há testemunhas e indicios para acreditarmos que elas tenham sido transportadas para o ínicio do século passado, por pedido da Presidente do Conselho, eu organizei junto com o General Logan uma missão de resgate, e vocês são o grupo com melhor preparação.
Houveram breves murmurios com as palavras de Mariane, então ela seguiu:
- Todos vocês são capazes de pilotar veículos aéreos do ínicio do século, tem baixo índice de dependência à Rede, boa saúde física e mental, baixo índice de nano-colonização e não possuem nenhum aprimoramento biológico ou bio-mecânico. Nenhum de vocês tem vinculos com os militares, nem laços de comprometimento que os impeça de seguir essa viagem, todos tem bons perfils psicológicos, e habilidades apreciaveis. Caso aceitaem participar dessa missão, receberão treinamento ministrado pelo próprio General Logan, que, acabo de saber, é o coordenador do DEEP Mi -e, sim, esse departamento existe. Essa, senhoras e senhores, éuma oportunidade única, comparavel apenas com o dos primeiros nomades humanos, que colonizaram a Terra, e à dos primeiros astronautas.
- E que lugar é esse? - perguntou a piloto 0, que chegará de Houston, Texas, ao local num veículo sem janelas, como todos os demais pilotos e cientistas.
- Estamos no local mais isolado da Terra.-respondeu ela, sentindo o olhar de Arjen mais aguçado por um momento.
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Continua(?)

21 de abril de 2007

Episódio 10

Pô, desde o último Post foram mais de 300 visualisações, (ok, umas 200 devem ter sido minhas rs) mas custa deixar uma opinião? =P

Para quem interessar, minha vida tá como sempre, uma bagunça... O que não implica em estar ruim. A facudade deu uma aliviada, tranquei FUV(calculo) e F.Mecânicos(fisica). Agora acho que dá pra levar sem stress.

Nada mais a declarar, a não ser...:

Well, demorei mais do que gostaria, mas aqui está o 10º Episódio;
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Episódio 10
Série: Crônica nº22
Título: O lugar mais isolado da Terra pt.I

Sol do meio dia, um tecido entre as costas e a areia, a brisa do pacifico, a som das ondas quebrando.
15 anos antes, ele estaria muito alegre, brincando na água. 5 anos antes ele recusaria a situação.
Hoje, já adulto, ele apreciava a tranquilidade da situação, e gostava ainda mais de ter toda a praia e toda a ilha para si mesmo.
A tranquilidade contrastava com o resto do cotidiano. Pilotar orbitais não era tranquilo, tão pouco qualquer outro ultra-esporte;

Calor...
Nada melhor do que férias para quem pouco trabalhava.
A familia de Arjen era rica, o pai dele foi quem encomendou a construção da Ilha Marina (nome que homenageava a mãe de Arjen).

Depois de um cochilo sem sonhos, Arjen começou a se perguntar de onde teria vindo aquela areia, e as mudas das palmeiras, e a madeira(!) da qual a única casa da ilha era feita.
"Não importa" pensou e ia voltando ao sono quando algo diferente do vento e do marulho das ondas chegou a orelha dele, um pequeno caramguejo.
"Eita!" pensou jogando o caramguejo na praia.
Ele se sentou na areia para observar o caramguejo e levantou o óculos escuro.
No horizonte havia um ponto preto se aproximando. "Saco, isso não é uma núvem, espero que passem direto! Pô, nem de férias a imprensa me dá sussego?"
O helicóptero pousou na ilha causando uma pequena tempestade de areia e uma mulher jovem saiu dele.
Arjen, que já começava a ficar mau-humorado com a visita inesperada mudou de expressão assim que reconheceu quem vinha no meio do vento e areia.

- Mariane? - Perguntou a si mesmo em voz alta, sem acreditar - É assim que você gasta o investimento que eu fiz nas suas pesquisas mulher? Viajando para ver os amigos? - Completou com um sorriso no rosto.
- Não é seu dinheiro, esse aqui é d Conselho! - Respondeu antes de se abraçarem.

Ela explicou que a Presidente do Conselho em pessoa pediu para que ele participasse do projeto comandado por Mariane. Ele era um dos melhores pilotos do mundo, e, todos sabiam, um apaixonado pelo séc.XXI.

- Tô fora! - respondeu ele de pronto.
- Ahn? Mas por quê? De todos os candidatos, achei que você adoraria participar, se isso não for pioneirismo, nada mais é, que eu me lembre voce adora isso! Não?
- Sim, adoro, mas como voltariamos se resgatassemos elas?
- Eu vou reabrir uma passagem num dia e hora marcado, é só voar per ela, nada mais. - Respondeu Mariane.
- Quem mais vai?
- Bem, que eu saiba, Estela K. e mais uma piloto, que a Presidente não havia escolhido quando sai, e... não consigo conectar o CI na Rede aqui.
- Não tente, eu bloqueei a Rede aqui, só dá para se comunicar com aparelhos, esse lugar é o mais isolado da Terra, penso eu.
- Sua cara Arjen. E então, aceita?
- Sim, mas com uma condição.
- Qual?
- Quer ser trinado pelo chefe da D.E.P.P. Mi. .
- Eles são uma lenda urbana Arjen, não tem como.
- Não são uma lenda Mari, eu vi anteontem, eu estava em NY no dia da tentativa de golpe, e os caras da deep mi realmente estavam lá.
- Você estava em NY??
- Não é àtoa que eu sou autoridade em História Pós-Moderna, dá pra saber quando uma merda tá para acontecer. E os caras da deep mi estavam lá, eu vi! hahahaha o cara levanto um bloco sem tocar nele, e sem AGG nem dispositivos magnéticos, foi lindo!
- Se eles existissem, teriam apagado sua mente não?
- Duvido que tivessem tempo, a coisa por lá foi feia, e o choque da situação deixou um monte de gente desnorteada, oq deve ter encoberto as coisas. De qualquer forma, crendo ou não, pede isso para a Presidente.
- Tá bem. Tá bem. Então vamos?
- Mais uma pergunta Mari. Quem é Estela K.?
- O nome verdadeiro da Piloto Zero.
- O quê?! O nome da Zero é Estela K.?
- É, o que que tem? - Perguntou Mariane confusa
- Tem que ninguém sabe o nome dela verdadeiro! Ela sempre escondeu! K.? Oque significa esse K.??
- Não sei... Por que ela sempre escondeu?
- Por que é esperta, acho que a maioria das pessoas nem sabe que ela é mulher, deve pensar que é homem, as narrações em inglês não distinguem masculino e feminino. Se eu tivesse ocultado tão bem meu nome não seria perseguido pela mídia. Para o bem dela, espero que essa informação não vase.
- Nossa... - mariane estava um pouco perplexa, imaginando como deveria ser a vida de um piloto, preferia continuar sendo Física Teórica, e agora Experimental.
- Espere um momento, vou me vestir e fechar a casa, não é sempre que eu tenho uma carona bancada pelo governo.
- Certo, te espero, e bela ilha essa. - Comentou ela olhando em volta.
- Obrigado.

20 minutos mais tarde o helicóptero levantou vôo com um tripulante extra a bordo.
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Enquanto isso, na Lua, Maya IV embarcava para o primeiro vôo tradicional Lua-Terra feito desde que o uso das hiper-vias se tornou único meio permitido e desde que as hipervias quebraram e as pilotos Camila e Pamela sumiram.
"Finalmente, que saco esse lugar!"

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Continua(?)

3 de abril de 2007

"Militares"

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Episódio 9
Série: Episódios da Crônica nº22
Título: Militares

No mundo inteiro, as pessoas olharam ao mesmo tempo umas para as outras, com uma expressão de assombro e não-entendimento estampada nos rostos.
Momentos antes, em Nova York, a Antiga Sede da ONU estava cercada por 2 grupos de militares. Um dos grupos estava lá para proteger o prédio, o sistema, a Presidente e o Conselho. O outro estava lá para apoiar uma tentativa golpe.
Graças a ajuda de um grupo de elite do exército, o golpe foi mal sucedido. Isso no entanto causou um abalo no sistema, que parecia sólido até então. Pela primeira vez a possibilidade de alguém dominar o mundo começou a parecer mais que uma piada.
A Presidente falou, por meio dos canais de mídia e noticia da Rede, à humanidade e explicou a situação, e como efeito colateral ganhou uma consideravel força política com o episódio.
---
[Horas depois, ao amanhecer, Luciana entrou em contato com Mariane.]

"Bom dia Mari, como está o projeto?"

"Planejamento terminado! Dentro de 1 semana começamos os testes. Lu, como está?"

"Acabada, como aquele... irresponsavel tenta uma coisa dessas?! Segundo as leis do país dele, vai ser fuzilado se tudo der certo"

"Bem, isso vai resolver o sintoma, mas quanto a raíz do problema... quem serão os escolhidos para a missão de salvamento?"

"Não sei ainda, não posso mais confiar nas forças armadas completamente, não podemos deixar vazar que você construiu uma máquina desse tipo, isso limita muito as coisas"

"E não pode confiar nem mesmo nos que defenderam a sede da ONU?"

"Em uns poucos, mas eles iriam chamar a atenção em se mover para a ilha nesse momento. Como está foi o processo de construção?"

"Mais tranquilo do que eu podia esperar, o grupo ainda não entendeu para que ela serve nem como funciona, eu fiz pessoalmente as partes mais delicadas do sistema, sem elas, eles só podem supor"

"Mas... o que eles estão supondo?"

"Perceberam que é complexo e revolucionário, mas só"

"Ótimo, então só nós sabemos por enquanto."

"Seria bom que os escolhidos tivessem acesso ao treinamento militar, e soubessem se virar bem sem a Rede e as facilidades atuais, considerando o destino deles"

"Acho que vou pegar novatos e pedir para alguém de confiança treina-los, falo com você ainda está semana, Até mais"

"Até."

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[Dias depois, Parque Nacional Canaima]

Um pequeno helicóptero voava centenas de metros acima da vastidão verde e pousava em cima de uma. A piloto sentia-se a única humana num raio de quilometros.
O Helicóptero pousou próximo ao abismo do Salto Angel, a maior cachoeira do mundo.
Ela pegou a única lembrança que tinha da sua avó, um aparelinho quase centenário que guardava músicas, e colocou num bolso interno dentro da jaqueta, fechou-a e saiu do helicótero com uma mochila na mão.
O vento era forte e úmido, ela tirou da molhila e desamaçou um monte de tecido no chão.
Puxou algumas linhas e o vento abriu o parapente, que assumiu forma. Ela correu e saltou. O ela fez o CI começar a registrar em video e conceito o que se passava.
Nesse momento uma música começou a tocar no player que ela trazia: Hotel California, de uma banda que ela não conhecia.
A sensação era incrivel. "Eles devem ter sido bons! Deve ser por isso que o Arjen não desliga o som nas provas".
Planar ouvindo aquilo era funcionava melhor doque muitas terapias, ou pelo menos funcionava para ela. Depois de ir sozinha ao parque, ela costumava se sentir pronta para vida novamente.

Estela era muito reservada, não costumava se relacionar com ninguém. Poucas pessoas aguentavam uma rotina tão solitária, para ela era só a rotina da vida. "Sempre foi assim, e será assim até eu decidir que quero mudar".

Mesmo com fones de ouvido grandes e o som do vento para abafar, ela começou a discernir um som de turbinas se aproximando por cima, mas ainda longe. Isso tirou a concentração do que fazia.
Ela baixou a altitude do parapente e chegou ao chão. A música terminou e logo em seguida uma aeronave do exército cortou o céu e fez a volta, diminuindo a velocidade.
A aeronave pousou a metros do helicóptero da Piloto Zero. "Mas que droga é essa?"
Pelo CI, ela fez o helicóptero levantar vôo e descer até onde ela estava. Ela embarcou e voltou ao topo do Salto Angel.
Lá esperava um homem fardado, de quase 30 anos, com uma carta em antigo papel-D.

(Homem Fardado)"Fui designado para acompanha-la, as informações que precisa estão na carta, esta é uma solicitação especial do Membro Superior do Conselho Mundial da ONU, a carta está codificada e o seu conteúdo só pode ser lido por você. Você acaba de ser promivida ao cargo de Sargento"

(P-0) "Do que está falando? Eu não sou militar. Um momento..." - Ela começa a ler o documento, acha estranho e olha para o homem fardado -"Isso deve ser piada"

(Homem Fardado)"Não é, e você tem hora marcada."

(P-0)"Eu não sou militar, e como você conseguiu autorização pra usar esse tipo de nave?"

(Homem Fardado)"Uso exclusivo para casos urgentes, e agora você é."

(P-0)"Pode esquecer, não vou a lugar nenhum com você."

(Homem Fardado)"Tenho ordens de leva-la o mais breve possível"

(P-0)"Tente" - disse ela com um sorriso desdenhoso no rosto e desligando o CI.

Antes que o homem fardado conseguisse concluir o primeiro movimento, ele estava desarmado e sua pistola estava caindo, o Salto Angel tem mais de 900 metros de altura.
Ele se assustou com a velocidade dela, mas não desanimou e tendou imobilizada. Sem entender novamente como chegou lá, ele estava no chão, e imobilizado pela jovem que decididamente não parecia ter uma aparência ameaçadora.

(P-0)"Eu esperava um treinamento melhor dos soldados" disse ela zombando do homem.

(Homem Fardado)"Eu não tenho escolha, e isso não é piada, a Presidente do Conselho foi quem enviou isso, pessoalmente, só estou cumprindo ordens."

(P-0)"Pra onde quer me levar?"

(Homem Fardado)"Texas, EUA"

(P-0)"O que tem lá?"

(Homem Fardado)"Não sei, não tenho acesso a essa informação"

(P-0)"Uhn..." - Ela considerou a situação e tomou uma decisão. "Muito bem, eu vou, mas eu piloto" - Disse ainda sem libertar o militar.

(Homem Fardado)"Não tenho permissão pra isso"

(P-0)"É pegar ou largar, e pelo que li, você não tem muita escolha"

(Homem Fardado)"Só se ficar entre nós" - disse o militar cedendo. "Tô fudido..." pensou ele.

(P-0)"Combinado" - Ela sorriu vitoriosa e soltou o homem, que levantou com cara de quem tinha a honra ferida.

Ela ligou o CI e mandou que o helicóptero voltasse em piloto autimático para a origem, uma cidadezinha no Brasil.
Entrou na Aeronave do militar e ocupou a posição de piloto.
Ele entrou na outra cabine. A nave subiu e partiu.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Contínua(?)

Quanto a mim, só tenho a dizer que quando me disseram que a vida é dificil, eu não levei a sério ¬¬. Faculdade é foda =/

24 de março de 2007

"30 anos que mudaram o Mundo"

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Título: 30 anos que mudaram o Mundo
Série: Episódios da Crônica nº22
Episódio 8

Luciana pensou profundamente no século que separava as jovens desaparecidas do mundo.

Assim como os anos 80 e 90 do século 20, o século 21 foi ainda mais frenético e perturbador.
Cada década, cada ano, cada semestre, cada dia traziam mais conhecimento, mais informação, mais técnica, mais tecnologia e mais problemas.
Como já era de conhecimento público desdes o começo, o século se mostrou talvez o mais dificil para humanidade no último milhão de anos.
A poluição e o desmatamento causaram fome e sede ao redor do mundo. Situação extrema que moveu guerras ao redor do globo, destruição e morte.
Diversas regiões do mundo ficaram inabitaveis ou com clima muito severo, oq moveu exôdos humanos nunca vistos até então.
Enquanto a população finalmente começava a se estabilizar em cerca de 10bilhões o planeta Terra já mostrava seus primeiros grandes espasmos antes da extinção em massa que já haviam previsto os cientistas em 2020.
Em 2027 a crise chegou ao ápice e nele permaneceu por mais de 20 anos. Nesse meio tempo a internet 2.0 era substituida pela Rede, um sistema mundial de comunicação integrada diretamente aos cérebros da população.
A Crise começou a ser controlada em 2050, quando o secretário geral da ONU, representantes da UE, Mercosul, TA, Alca e outros blocos político-economicos decidiram aumentar o poder da ONU, tornando-a não só um Órgão Supra-Nacional, mas um protótipo de Governo da Humanidade.
Depois de mais guerras, aplicação de técnologias novas e de potêncial assustador, a situação da Terra começou a se reverter rapidamente.
Grande parte do mau que a humanidade causou à biosfera do planeta em mais de 250 anos foi estabilizado e em 2060 o clima no planeta já estava como no começo do século, um pouco mais frio e saúdavel.
Em 2067 a aplicação de Biotecnologia, Nanotecnologia, Reciclagem e Recuperação do Meio Ambiente tinham devolvido vida a vários biomas no planeta, e ao próprio planeta.
A comemoração do Conselho da Terra, no entanto, não deixou de ser solene, relembrando o ienso número de erros que quase extinguio a vida no planeta Terra e matou direta e indiretamente Bilhões.
Foram 30 anos que mudaram o mundo.

Ao perceber o quanto saiu do foco de pensamento, Luciana voltou a pensar no que faria a seguir, mas ponderou o que a presença delas lá poderia mudar na história, se já não estava mudando.

-/-

A Mídia pressionava a Jovem Presidente do Conselho com mais intensidade, e ela aguentava firmemente. "E já fazem 10 dias que elas sumiram...".

-/-

Naquele momento, a 6000km de NY, sede do Conselho, a jovem cientista Mariane terminava de revisar a base matemática de sua teoria, e, sem saber chegava a resultados parecidos (e igualmente surpriendentes) com os de um outro cientista que morreu desconhecido mais de 80 anos antes.

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Contínua(?)

21 de março de 2007

Hiato


[ http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/ ]

(visão d'uma sub-orbital?)

Não, eu ainda estou vivo.
Não, ainda estou lucido(?).
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Música relacionada com a imagem:

Blue Moon

Elvis Presley

Composição: lorenz hart/richard rodgers

Blue moon, you saw me standing alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own

Blue moon, you knew just what i was there for
You heard me saying a prayer for
Someone i really could care for

And then there suddenly appeared before me
The only one my arms will ever hold
I heard somebody whisper, "please adore me"
And when i looked, the moon had turned to gold

Blue moon, now i'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own

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Nada mais a declarar.
Até mais.

8 de março de 2007

"Semana Difícil"

Se interessar pra alguém: Estou bem, sinto saudades do pessoal da sala, faço faculdade (não, não é a USP), durmo pouco, não trabalho. Mal posso esperar pra reve-los. Beijo no olho de cada um. (olho de cima);
Ps.: Feliz dia Internacional da Mulher a Todas (sem opinões hj, to lesado de sono)
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Título: Semana Dificil
Série: Episódios da Cronica nº22
Episódio 6

A presidente do conselho respirou longa e profundamente. A sala em volta dela, ampla e num estilo clássico estava finalmente no silêncio usual. Mas a situação não era nada usual. Poucos dias antes, duas pilotos haviam simplesmente sumido ao usar a recém-construída "Pirâmide de Transferência". Esse desaparecimento, sucedido de uma pane em todos os sistemas de controle das 3 pirâmides (Terra, Lua, Marte) causou o isolamento das comunidades humanas no sistema solar, a pressão da mídia piorou a situação. Há quase 20 anos nenhuma crise abalava a ordem mundial, e esse simples caso, estava prestes a fazer isso. Ela estáva um pouco insegura, mas não dixava transparecer. Logo que a crise começou ela demonstrou firmeza e liderança, muito acima do que se espera de um ocupante do cargo quase-simbólico.
"Quase".
Depois de alguns momentos, sua calma prevaleceu por completo, e ela repassou mentalmente os fatos desde o desaparecimento da pequena nave cargueiro.
"Nenhum detalhe digno de nota... deve ter sido um acidente mesmo"
Ela organizou pessoalmente, e longe dos olhos da mídia, um grupo de investigação paralelo ao oficial. Segundo as investigações oficiais, as duas simplesmente desobedeceram as ordens de não viajar para a Lua como era feito desde a década de 1960. Era uma justificativa perfeita, mas haviam testemunhos de que elas usaram a Pirâmide, e pior, que a pirâmide da Terra deixou de funcionar logo que elas passaram, ou deveriam ter passado. A presidente não tinha nada haver com essas mentiras. Mas preferiu não se envolver nesses assuntos diretamente.
Momentos antes dela começar a refletir em solidão sobre o caso, um grupo de peritos havia acabado de sair da sala depois de revelar um fato pouco aceitavel pelo senso comum. "... elas provavelmente foram exterminadas quando usaram a pirâmide" foram as palavras da líder do grupo. A presidente tinha uma constante sensação de que não era aquilo que aconteceu daquela forma, mas a resposta dos especialistas era mais aceitavel que uma simples sensação.

Ela não gostou nada da resolução do conselho de obrigar o uso das pirâmides como única via legal de passagem para a Lua nos primeiros dias do ano. Não tinha opção, no entanto; o conselho teve maioria na votação.
A concentração da presidente se quebrou quando a uma mensagem chegou ao CI da presidente, o remetente era Mariane, a líder dos peritos que ela havia organizado para descobrirem a verdade sobre o desaparecimento de Camila e Pamela. A presidente iniciou uma conversa.

- Excelentissima, acho que há outra possibilidade a ser considerada, quanto ao evento que estudamos recentemente, posso falar por aqui?


- Pode Mari, minha conexão é segura, mas me chame de Lu, como sempre. - Disse a Presidente Luciana.

- Tá bom Lu, mas, o fato é que talvez elas ainda estejam vivas.


- Como?

- Acabei de revisar alguns calculos, acho que elas estão vivas... de certa forma, e próximas da Terra.


- Ótimo! Vou montar um grupo de resgate!

- Não há como "tira-las" de onde estão ainda...


- Como não?

- Elas estão noutro momento do tempo, em vez de se delocarem no espaço, acho que sedeslocaram no tempo.
"Nossa, isso pareceu absurdo até para mim" - pensou Mariane.

- ... Ahn?

- É, bem, acabo de descobrir que isso é teoricamente possivel, usando um conceito semelhante ao das pirâmides. E, se bem entendi a informação resgatada dos computadores que controlavam a nossa pirâmide antes dela pifar, acho que pode ter acontecido; mais precisamente para o passado.

- ...


Luciana usou o CI para analisar a voz da amiga, imaginando se ela estava fazendo piada ou doente por stress.
A analise não indicava mentira, pelo contrario muita seriedade e um certo tom de duvida. Depois pensou se tinha ouvido direito, concluiu que sim. Mariane era uma cientista brilhante, não fazia piadas desse tipo e, como Luciana sabia, merecia crédito. Luciana aceitou ouvir a explicação de Mari, e por fim foi convencida da possibilidade. "Mais dor de cabeça, e aqueles abutres pensam vão jogar tudo sobre a minha cabeça, estão muito enganados!"
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Continua(?)...

23 de fevereiro de 2007

Sonanbulos na Rede

O Mundo não dormia.
Mesmo enquanto dormiam, as pessoas podiam estar vagando inconscientes pelo Mundo Virtual, um caso interessante de sonanbolismo da época.
No 1º dia do século 22 o número de sonanbulos na rede era maior que o normal. Homes, Realidades Privadas, Bibliotecas, todos esses 'lugares' estavam infestados de pessoas semi-conscientes.
No mundo real o silencio habitual estava realçado, até que ela, ainda bem acordada, ligou novamente a moto.
Maya ainda estava extasiada com seu "presentinho de Natal", correu por alguns minutos com ela sem nenhum dificuldade, as ruas eram todas dela.

Essa era a única manhã do ano em que realmente quase ninguém iria trabalhar, e por ser muito cedo, poucas pessoas estavam sequer acordadas.
No dia anterior todos os pilotos receberam o aviso de que, por causa da construção da pirâmide de transferência, a 1ª fase da "Corrida AEJ"(RAEJ) seria na Lua, e que todos deveriam embarcar ainda naquela semana para a Lua.
Pilotar lá era muito mais fácil que em Terra, não havia resistência atmosférica nem obstáculos de percurso, além do monitoramento de saúde dos Pilotos eliminar menos concorrentes.

Ela chegou em casa e, como havia ordenado ao computador, tinha as roupas todas prontas para a viagem.
A pior parte é ter que viajar sempre

A festa da virada do ano foi como todas as outras, um evento interessante. O céu núblado foi palco de um espetáculo holográfico até 23h55, seguido de uma pequena pausa e, por fim, um show de fogos de artíficio de 20 minutos.
As pessoas por todo lugar vestiam branco, De quem foi essa idéia estúpida de vestir uniforme na passagem do ano?.
...

Por volta das 17h uma amiga de Maya chegou. Camila e Maya, de malas prontas, entraram no carro e partiram para o aeroporto.
Conversaram sobre muitos assuntos e ouviram música.

A Avenida que levava ao aeroporto era linda, rodeada de árvores cujas folhas brilhavam quando o sol se ia, iluminando o percurso. As últimas tinham não só as folhas, mas também as cascas fluorescentes.

No Aeroporto, elas se separaram. Camila também era piloto, mas não de corridas, estudará com Maya na mesma escola até 7 anos antes.

Maya achou ter visto de Relance a Piloto 0, mas não teve tempo de cumprimenta-la.
As núvens ficaram novamente para trás e ela chegou até a altitude da pirâmide de transferência. Era estranho ver uma fila de naves em órbita, eram 3 onibus espaciais na frente dela. Derrepende eram 2. Anh?!.
o segundo onibus espacial deu um pequeno impulso e avançou inerte até quase o meio das 4 esferas metalicas ligadas por um fios fornando uma piramide de base triangular.
O Escudo-transparente (parabrisa das orbitais) amostra ela viu que a esfera superior brilhava fracamente e a ônibus inteiro simplesmente desaparecia. Que coisa estranha
A cena se repetiu e o piloto automático guiou a orbital até o centro da pirâmide, ela determinou o destino como Lua, e 20ms depois a Terra que estava ao lado da orbital sumiu. E do outro lado a Lua cinzenta se mostrava imensa. Ok, detestei isso pensou ela sem ter sentido nada.

Alguns minutos depois Camila, que pilotava uma nave de carga com a co-piloto Pamela, não teve a mesma sorte. Selecionou Marte como destino. A esfera acima brilhou como sempre.
Há milhares de quilometros dali, no centro de controle recém criado, um led vermelho piscou 2 vezes mas ninguém percebeu.
20ms depois ninguém apareceu na Pirâmide de Transferência construída em Marte.
...

100 anos antes; Algum ponto do Sistema Solar entre a Terra e a Lua surgiu uma nave espacial extremamente avançada surgiu.

(A história de Camila continua no blog: http://adestino.blogspot.com/ )

13 de fevereiro de 2007

Dia 19 do Décimo Terceiro Mês

(Episódios Anteriores: Piloto 17 , Hotel Tranquilidade )

Festa da Anti-Véspera de Natal

Num antigo bairro de São Paulo, na 1ª hora do dia 19/13, ante-véspera de Natal, um ronco de motor rompeu o silêncio da rua. Ela olhou em volta com uma sensação de satisfação nas veias. Quanto tempo será que não é usada? 20, 30 anos?
Ela montou na moto e acelerou, o motor engasgou e desligou.
Anh? O que será? ... Eu revisei tudo! Motor... Bateria... ah! Combustível? Onde eu vou arranjar álcool?
Ela parou, se concentrou. Acessou a Rede, procurou por todas as industrias químicas próximas. Nenhuma em funcionamento. Claro, é quase Natal. Talvez mega-stores?. Voltou a procurar, fez o pedido. Olhou em volta e se sentou na calçada enquanto esperava.
Um vento úmido salpicou seu rosto. Ela olhou em volta e viu as ruas ainda molhadas. O céu já estava limpo e negro, com incontáveis estrelas a mostra. Ela se lembrou do fim do ano anterior quando viu pela primeira vez o céu azul-claro escurecer em segundos e crescer enquanto a Terra logo atrás ficava menor. Foi a primeira vez que ela pilotava uma orbital. Nesse ano não terminou a última prova da temporada por um risco ínfimo de saúde. Droga!
A iluminação da rua aumentou quando um carro chegou e o entregador desceu.
Ela o saudou e recebeu um plástico transparente com 4 litros de etanol. Ela percebeu que ele estava acessando a Rede e não prestava muita atenção ao mundo real. Ele a cumprimentou e saiu.
A iluminação da rua seguiu o carro e desapareceu um instante depois, enquanto ela enchia o tanque da moto. Mãe! Valeu! Adorei a Moto! Feita em 2010! Eles vão morrer de inveja! Haha!
Dessa vez o ronco do motor soou alto e permaneceu. Correr daquela forma era tão emocionante quanto o primeiro voo, mesmo numa velocidade tão pequena. 70km/h... 90! uhu!
Ela demorou 20 minutos até o portão da casa de Lucia, que já esperava na porta.
Ao redor as casas pareciam vazias e silenciosas, as pessoas -nas últimas décadas- não costumavam sair, eram mais introspectivas e reservadas, viviam a vida dentro da Rede, um sistema mundial de informação que ligava 9,7 bilhões de mentes humanas (e algumas não-humanas) em centenas de mundos virtuais e 'bibliotecas' onde habilidades comuns podem ser baixadas e instaladas sem dificuldades. Na Rede também se pode comprar conhecimentos raros ou pensamentos abstratos que 70 anos antes seriam a origem de obras de arte ou entretenimento. Ou simplesmente receber informação de qualquer tipo. Algumas pessoas não se encaixavam nesse padrão.
Ambas se cumprimentaram e Lucia subiu na moto. Ela achou estranho um transporte movido a explosão, algo nostalgico e emocionante. Elas seguiram até a porta do prédio onde, no 8º andar as luzes estavam ligadas. O prédio era todo transparente, chamava-se Torre de Vidro, situada na Avenida Paulista, era uma construção recente contrastando com tantos prédios históricos.
Como Maya previrá, Arjen adorou o presente que ela ganhou.
...

Na tarde seguinte o Conselho da Terra divulgou a construção de duas "Pirâmides de Transferência" nas órbitas da Terra e de Marte. Isso seria a concretização de mais de 1 século ficção-científica e o primeiro passo para o estudo próximo de planetas fora do Sistema Solar.
Nenhum dos amigos de Arjen ouviu em primeira mão a notícia, todos dormiam, com excessão da Piloto 0, que estava observando as nuvens no topo do prédio - ela tinha um pressentimento inédito, e o estava sentindo desde que chegou a Terra - e Maya, que estava lendo o Manual da Proprietário da Moto em papel de celulose, algo que ela achou que nem existisse mais fora dos museus - ela sabia que isso era praticamente inútil, mas cada página deixava-a mais empolgada e ela só não saia para correr um pouco porque tinha bebido e estava quase sendo derrubada pelo sono. Por fim Maya dormiu, já passavam das 14h.

Aos poucos eles acordaram na véspera de Natal e cada um foi passar o fim do dia e a Noite com suas respectivas famílias ou amigos, Arjen não foi excessão. Maya e Lucia foram para casa de Lucia onde as duas famílias iriam festejar juntas. A Piloto 0 visitou o pai aquela noite. Foi um Natal comum e agradável para os 4.

4 de fevereiro de 2007

Desculpas Esfarrapadas

Bem, está temporáriamente suspensa a série de contos do Piloto 17 pq me falta um conflito para colocar ness ficção, algo que "de liga pra massa"... por mais que eu deteste ultimamente to sem criatividade... fazer oq?

Ontem a noite foi foda! Melhor noite do ano, engraçada e td mais, meso com os problemas... hehehe

(Compensação:)

Do zero:

Nada.
Nada...

Algo...

Preto ou branco.
Preto e branco.
Preto, branco e cinza.
Preto, branco e tons de cinza.
Preto, tons de branco e de cinza.
Tons de preto, de branco e de cinza.

Muitos tons: Pretos, brancos, cinzas e cores.
Cores quentes e frias, branco e preto, e cinza.
Muitas cores juntas. Branco. Preto e Cinza.
Todas as cores juntas e separadas.
Todas cores vísiveis, bilhões de tons.

Luz visivel.
Luz no espectro infravermelho e ultra violeta.
Todos espectro eletromagnético.
Todas as ondas.

Ondas e partículas.
Todas as combinações possíveis.
Algumas impossíveis e todas as possíveis.
O Mundo e o Cosmo.

A Criação e a Emoção... ao olhar para um céu estrelado.

O Arquitéto, o Engenheiro, o Pintor,
o Poeta, o Cientista, o Divino,
o Profano, o Uno, o Nada, o Tudo

o imutavel, Aquele sustenta e mantém.

A Criação-Criador,
o sonho de um físico e de um monge.
Muito além de onde qualquer um pode chegar,
mas sempre o objetivo final.

O sonho de um físico
a epifania de um poeta
a profecia de um louco
a vida de um simples.

Um grande pensamento!
Livre.


t+ pessoal

26 de janeiro de 2007

"é a vida..."

Road To Nowhere
Ozzy Osbourne

I was looking back on my life
And all the things I've done to me
I'm still looking for the answers
I'm still searching for the key

The wreckage of my past keeps haunting me
It just won't leave me alone
I still find it all a mystery
Could it be a dream?

The road to nowhere leads to me

Through all the happiness and sorrow
I guess I'd do it all again
Live for today and not tomorrow
It's still the road that never ends

The wreckage of my past keeps haunting me
It just won't leave me alone
I still find it all a mystery
Could it be a dream?

The road to nowhere leads to me

Ah, ah
The road to nowhere's gonna pass me by
Ah, ah
I hope we never have to say goodbye
I never want to live without you

The wreckage of my past keeps haunting me
It just won't leave me alone
I still find it all a mystery
Could it be a dream?

The road to nowhere leads to me

Repeat x6