3 de abril de 2007

"Militares"

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Episódio 9
Série: Episódios da Crônica nº22
Título: Militares

No mundo inteiro, as pessoas olharam ao mesmo tempo umas para as outras, com uma expressão de assombro e não-entendimento estampada nos rostos.
Momentos antes, em Nova York, a Antiga Sede da ONU estava cercada por 2 grupos de militares. Um dos grupos estava lá para proteger o prédio, o sistema, a Presidente e o Conselho. O outro estava lá para apoiar uma tentativa golpe.
Graças a ajuda de um grupo de elite do exército, o golpe foi mal sucedido. Isso no entanto causou um abalo no sistema, que parecia sólido até então. Pela primeira vez a possibilidade de alguém dominar o mundo começou a parecer mais que uma piada.
A Presidente falou, por meio dos canais de mídia e noticia da Rede, à humanidade e explicou a situação, e como efeito colateral ganhou uma consideravel força política com o episódio.
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[Horas depois, ao amanhecer, Luciana entrou em contato com Mariane.]

"Bom dia Mari, como está o projeto?"

"Planejamento terminado! Dentro de 1 semana começamos os testes. Lu, como está?"

"Acabada, como aquele... irresponsavel tenta uma coisa dessas?! Segundo as leis do país dele, vai ser fuzilado se tudo der certo"

"Bem, isso vai resolver o sintoma, mas quanto a raíz do problema... quem serão os escolhidos para a missão de salvamento?"

"Não sei ainda, não posso mais confiar nas forças armadas completamente, não podemos deixar vazar que você construiu uma máquina desse tipo, isso limita muito as coisas"

"E não pode confiar nem mesmo nos que defenderam a sede da ONU?"

"Em uns poucos, mas eles iriam chamar a atenção em se mover para a ilha nesse momento. Como está foi o processo de construção?"

"Mais tranquilo do que eu podia esperar, o grupo ainda não entendeu para que ela serve nem como funciona, eu fiz pessoalmente as partes mais delicadas do sistema, sem elas, eles só podem supor"

"Mas... o que eles estão supondo?"

"Perceberam que é complexo e revolucionário, mas só"

"Ótimo, então só nós sabemos por enquanto."

"Seria bom que os escolhidos tivessem acesso ao treinamento militar, e soubessem se virar bem sem a Rede e as facilidades atuais, considerando o destino deles"

"Acho que vou pegar novatos e pedir para alguém de confiança treina-los, falo com você ainda está semana, Até mais"

"Até."

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[Dias depois, Parque Nacional Canaima]

Um pequeno helicóptero voava centenas de metros acima da vastidão verde e pousava em cima de uma. A piloto sentia-se a única humana num raio de quilometros.
O Helicóptero pousou próximo ao abismo do Salto Angel, a maior cachoeira do mundo.
Ela pegou a única lembrança que tinha da sua avó, um aparelinho quase centenário que guardava músicas, e colocou num bolso interno dentro da jaqueta, fechou-a e saiu do helicótero com uma mochila na mão.
O vento era forte e úmido, ela tirou da molhila e desamaçou um monte de tecido no chão.
Puxou algumas linhas e o vento abriu o parapente, que assumiu forma. Ela correu e saltou. O ela fez o CI começar a registrar em video e conceito o que se passava.
Nesse momento uma música começou a tocar no player que ela trazia: Hotel California, de uma banda que ela não conhecia.
A sensação era incrivel. "Eles devem ter sido bons! Deve ser por isso que o Arjen não desliga o som nas provas".
Planar ouvindo aquilo era funcionava melhor doque muitas terapias, ou pelo menos funcionava para ela. Depois de ir sozinha ao parque, ela costumava se sentir pronta para vida novamente.

Estela era muito reservada, não costumava se relacionar com ninguém. Poucas pessoas aguentavam uma rotina tão solitária, para ela era só a rotina da vida. "Sempre foi assim, e será assim até eu decidir que quero mudar".

Mesmo com fones de ouvido grandes e o som do vento para abafar, ela começou a discernir um som de turbinas se aproximando por cima, mas ainda longe. Isso tirou a concentração do que fazia.
Ela baixou a altitude do parapente e chegou ao chão. A música terminou e logo em seguida uma aeronave do exército cortou o céu e fez a volta, diminuindo a velocidade.
A aeronave pousou a metros do helicóptero da Piloto Zero. "Mas que droga é essa?"
Pelo CI, ela fez o helicóptero levantar vôo e descer até onde ela estava. Ela embarcou e voltou ao topo do Salto Angel.
Lá esperava um homem fardado, de quase 30 anos, com uma carta em antigo papel-D.

(Homem Fardado)"Fui designado para acompanha-la, as informações que precisa estão na carta, esta é uma solicitação especial do Membro Superior do Conselho Mundial da ONU, a carta está codificada e o seu conteúdo só pode ser lido por você. Você acaba de ser promivida ao cargo de Sargento"

(P-0) "Do que está falando? Eu não sou militar. Um momento..." - Ela começa a ler o documento, acha estranho e olha para o homem fardado -"Isso deve ser piada"

(Homem Fardado)"Não é, e você tem hora marcada."

(P-0)"Eu não sou militar, e como você conseguiu autorização pra usar esse tipo de nave?"

(Homem Fardado)"Uso exclusivo para casos urgentes, e agora você é."

(P-0)"Pode esquecer, não vou a lugar nenhum com você."

(Homem Fardado)"Tenho ordens de leva-la o mais breve possível"

(P-0)"Tente" - disse ela com um sorriso desdenhoso no rosto e desligando o CI.

Antes que o homem fardado conseguisse concluir o primeiro movimento, ele estava desarmado e sua pistola estava caindo, o Salto Angel tem mais de 900 metros de altura.
Ele se assustou com a velocidade dela, mas não desanimou e tendou imobilizada. Sem entender novamente como chegou lá, ele estava no chão, e imobilizado pela jovem que decididamente não parecia ter uma aparência ameaçadora.

(P-0)"Eu esperava um treinamento melhor dos soldados" disse ela zombando do homem.

(Homem Fardado)"Eu não tenho escolha, e isso não é piada, a Presidente do Conselho foi quem enviou isso, pessoalmente, só estou cumprindo ordens."

(P-0)"Pra onde quer me levar?"

(Homem Fardado)"Texas, EUA"

(P-0)"O que tem lá?"

(Homem Fardado)"Não sei, não tenho acesso a essa informação"

(P-0)"Uhn..." - Ela considerou a situação e tomou uma decisão. "Muito bem, eu vou, mas eu piloto" - Disse ainda sem libertar o militar.

(Homem Fardado)"Não tenho permissão pra isso"

(P-0)"É pegar ou largar, e pelo que li, você não tem muita escolha"

(Homem Fardado)"Só se ficar entre nós" - disse o militar cedendo. "Tô fudido..." pensou ele.

(P-0)"Combinado" - Ela sorriu vitoriosa e soltou o homem, que levantou com cara de quem tinha a honra ferida.

Ela ligou o CI e mandou que o helicóptero voltasse em piloto autimático para a origem, uma cidadezinha no Brasil.
Entrou na Aeronave do militar e ocupou a posição de piloto.
Ele entrou na outra cabine. A nave subiu e partiu.

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Contínua(?)

Quanto a mim, só tenho a dizer que quando me disseram que a vida é dificil, eu não levei a sério ¬¬. Faculdade é foda =/

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa solução pra manter o suspense..;]


Hhaushua..ela descendo o coro no militar é fodaaaa também...

Anônimo disse...

É apenas uma questão referencial, como tudo na Física...

Jajá você se acostuma com a nova gravidade... E, concluindo o trocadilho, sua situação deixa de ser grave...

O treinamento militar do mundo era meio zoadinho, não acha?

Mesmo que a Piloto tenha uns blablablá Dan de qualquer coisa, ele, como militar superior, deveria ter um treinamento, no mínimo, similar... =P

Se não se acostumar, ouça Hotel Califórnia xD