Hoje eu assisti um filme muito dahora, aí eu resolvi cria uma classificação de qualidade:
Muito LIXO
LIXO
Lixo
lixo
- normal ou legalzinho
Bom
foda
Phoda
PHODA
O filme que eu assisti foi "Sob a Névoa da Guerra", eh um documentário sobre os acontecimentos que decorreram durante a vida de Robert Strange Mc"algumacoisa" (O Strange num ta errado naum, o nome dele é esse mesmo, e o "algumacoisa" eh q eu num me lembro mesmo), um dos ex-secretários da defesa americano durante o governo Kennedy (vcs sabem do q eu to falando, mesmo q eu num tenha escrito certo), ele presenciou várias guerras, mais se tivesse aparecido o explosão da bomba de Hiroxima e tivesse aparecido o corpo do Kennedy depois do atentado ia se muito dahora! Na minha classificação, o filme fico como Phoda, nossa, gostei.
Mas se eu gostei do filme por um lado, por outro eu tive que deixar de ir na festa de aniversário de uma amiga minha que eu num vejo a meses, aliás a festa ainda num deve te terminado, deixei de ver a minha namorada (já to com saudade da Eloá! ;o( , e se alguém me zua por isso vai morre!) e deixei de ir na Bienal do Livro, agora só daqui a dois anos!, e ainda tenho que fazer lição de história e de progéto.
E eu tinha dito na fila pro Giovanni, Filipi e pro Giuliano que o Augusto dos Anjos era um doente, ta aí algumas poesias dele; Essas não são todas que eu tenho, são umas poucas que eu tenho separadas, depois eu passo o arquivo pro Giuliano, quando ele passa o e-mail dele:
Último credo
Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro - este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!
É o trancendentalíssimo mistério!
É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número Um
Que matou Cristo e que matou Tibério!
Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui ...
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!
A árvore da serra
- As árvores, meu filho, não tem alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice mais calma!
- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!...
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra.
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epgênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Versos íntimos
Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo, Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!
A idéia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como estalactites de uma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica ...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!
O Morcego
Meia-noite, ao meu quarto me recolho.
Meu Deus ! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho
" Vou mandar levantar outra parede ..."
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre minha rede
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A consciência humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto.
Caixão fantástico
Célere ia o caixão, e, nele, inclusas,
Cinzas, caixas cranianas, cartilagens
Oriundas, como os sonhos dos selvagens,
De aberratórias abstrações abstrusas !
Nesse caixão iam talvez as Musas ,
Talvez meu Pai ! Hoffmânnicas visagens
Enchiam meu encéfalo de imagens
As mais contraditórias e confusas !
A energia monística do Mundo,
À meia-noite, penetrava fundo
No meu fenomenal cérebro cheio ...
Era tarde ! Fazia muito frio.
Na rua apenas o caixão sombrio
Ia continuando o seu passeio !
Soneto
(Ao meu primeiro filho nascido
morto com sete meses incompletos)
Agregado infeliz de sangue e cal,
Fruto rubro de carne agonizante,
Filho da grande força fecundante
De minha brônzea trama neuronial,
Que poder embriológico fatal
Destruiu, com a sinergia de um gigante,
Em tua morfogênese de infante
A minha morfogênese ancestral ?!...
Porção de minha plásmica substância,
Em que lugar irás passar a infância,
Tragicamente anônimo, a feder?!...
Ah! Possas tu dormir, feto esquecido,
Panteisteicamente dissolvido
Na noumenalidade do NÃO SER !
Budismo moderno
Tome, Dr., esta tesoura, e ... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo meu coração, depois da morte?!
Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula se esbroa
Ao contato de bronca destra forte!
Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;
Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétua grades
Do último verso que eu fizer no mundo!
... Me digam se um cara desse num é um doente completo que merece leva na cara?! ...
Breve o Blog: Conselho de Templarios (Meu, do Ébrio e de mais dois que nós vamos convidar)
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Sei que é difícil e tudo mais, mas por favor, tentem se manter vivos por mais um dia, se der, voltem aqui e leiam o próximo post, por quê, como diz o Ébrio:
"Eu voltarei"
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